Economia

Itaipu tem economia de R$ 600 milhões

Valor inclui desde o corte de gastos não essenciais no dia a dia, como compra de passagens aéreas e deslocamento de empregados

Foz do Iguaçu – A política de reestruturação da gestão de Itaipu implementada pelo diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna, gerou uma economia de mais de R$ 600 milhões em oito meses. Esse valor inclui desde o corte de gastos não essenciais no dia a dia, como compra de passagens aéreas e deslocamento de empregados, até a redução do orçamento de 2020, algo em torno de R$ 218 milhões.

O saldo equivale aos investimentos que Itaipu fará nos próximos três anos em obras estruturantes, como a Ponte da Integração Brasil-Paraguai, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, a Perimetral Leste e a modernização e a ampliação do Hospital Ministro Costa Cavalcanti.

Além disso, está investindo em obras no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, como a ampliação da pista de cargas e a duplicação do acesso e, agora, também nas obras que vão ampliar a pista de pouso e decolagem do terminal.

Em oito meses no cargo, que serão completados neste sábado (26), a atual administração mapeou, identificou e implementou mudanças significativas na forma de aplicar o dinheiro da usina. Silva e Luna colocou em prática uma política de transparência e ética em todos os processos de gastos em respeito ao consumidor. A ideia era eliminar os gastos que não têm aderência à missão de Itaipu. “É a Itaipu de 2019 pensando na Itaipu de 2023, quando a dívida estará totalmente quitada e o Anexo C passará por uma revisão, conforme prevê o Tratado. Até lá, a usina será uma empresa enxuta e competitiva”, garante o general.

Enxugamento

Para se chegar a esses números, inicialmente Silva e Luna “secou as torneiras”, ou seja, eliminou os desperdícios. Uma das primeiras iniciativas foi unificar o centro de comando da usina em Foz, determinando o enxugamento do escritório de Curitiba, que será apenas de representação. Com isso, teve início o processo de transferência de aproximadamente 130 empregados para Foz. Essa iniciativa evita 52,4% dos gastos com viagens. No caixa, são R$ 5.323.540,76 a mais.

Já no auxílio eventual, um dinheiro que poderia até então ser movimentado sem consulta aos demais diretores e ao Conselho de Itaipu, são 70% a menos utilizados. Só Silva e Luna deixou de usar quase R$ 3 milhões do que estava previsto.

Patrocínios

Um dos casos mais emblemáticos de redução de custos foi com os patrocínios. Ações e atividades patrocinadas que não tinham aderência à missão da usina foram cortadas. A gestão deu prioridade aos patrocínios que deixem legado para a população.

Com a mudança de validação, a redução chega a 60%, uma economia de nada mais nada menos do que R$ 16.398,187,12.