Economia

Cinco municípios respondem por dois terços das riquezas geradas do oeste

Um dos principais destinos do mundo, Foz do Iguaçu tem o maior PIB da região

Cinco municípios respondem por dois terços das riquezas geradas do oeste

Cascavel – Dados recém-divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) revelam que dois terços das riquezas produzidas no oeste são gerados em cinco municípios, que figuram entre os 30 maiores PIBs do Estado. Os dados mais recentes do PIB (Produto Interno Bruto) são referentes a 2017 e foram divulgados no fim de 2019.

Juntos, esses cinco municípios produziram R$ 35 bilhões, 65,7% do total (R$ 53,259 bilhões). Todo o oeste responde por 12,6% do PIB estadual, que, em 2017, somava R$ 421,374 bilhões.

Um dos principais destinos do mundo, Foz do Iguaçu tem o maior PIB da região, de R$ 13,463 bilhões, valor ligeiramente inferior ao registrado um ano antes, queda que lhe custou um lugar no ranking estadual: era o sexto em 2016 e caiu para sétimo em 2017. Logo atrás está Cascavel, polo educacional, de saúde e do agronegócio, com R$ 11,374 bilhões produzidos em 2017, valor 5,2% maior o do ano anterior, mantendo-se como o oitavo maior do Paraná, posição ocupada desde 2010. Em décimo no ranking está Toledo – dono do maior VBP (Valor Bruto da Produção) Agropecuária no Paraná -, com R$ 5,929 bilhões gerados em 2017, alta de 9,7% sobre 2016. O quarto maior PIB do oeste é de Marechal Cândido Rondon (29º no Estado), com R$ 2,199 bilhões; em seguida está Palotina, o 30º no ranking estadual, com PIB de R$ 2,036 bilhões.

Os novos dados do IBGE revelam principalmente o impacto da crise econômica. Dos 50 municípios do oeste, 28 tiveram queda no PIB em 2017 na comparação com 2016. Na média, o oeste cresceu 1,3% no período, bem abaixo da média estadual, de 4,9%.

A queda mais significativa ocorreu em Capitão Leônidas Marques, onde o PIB caiu 20,5% em um ano: era R$ 1,491 bilhão em 2016 e ficou em R$ 1,185 bilhão em 2017. Apesar disso, o Município detém o segundo melhor PIB per capita da região e o sétimo do Estado, de R$ 74.822,73, onde boa parte da riqueza é gerada pela usina hidrelétrica de Salto Caxias.

Em termos proporcionais, o maior aumento do PIB foi visto em Matelândia, de 14,1% em apenas um ano, chegando a R$ 861 milhões em 2017, acumulando alta de 237% em relação a 2010.

Já em termos de valores, as maiores variações do PIB de 2017 em comparação a 2016 aconteceram, por ordem, em: Cascavel +R$ 558 milhões, Toledo +R$ 521 milhões, Capitão -R$ 305 milhões e Cafelândia -R$ 162 milhões.

PIB de 2010

A reportagem do Jornal O Paraná também comparou os dados do PIB de 2017 com os resultados de 2010. O PIB do oeste cresceu 119,7% no período, acima do registrado no Estado (87,1%). Usando esse índice como referência, 20 municípios cresceram mais que a média da região, enquanto 17 não conseguiram dobrar o valor nos sete anos.

O maior crescimento proporcional é observado em Matelândia (237,6%) e o menor em Iguatu (44,3%).

Em valores, o maior crescimento foi do líder Foz do Iguaçu, que produziu R$ 7,2 bilhões a mais no período.

Os piores

Na outra ponta, também estão na região alguns dos últimos colocados no ranking estadual. O décimo pior resultado estadual (390º) é de Diamante do Sul, com PIB de R$ 53,943 milhões em 2017, e o 12º pior (388º) é de Iguatu, com PIB de R$ 53,735 milhões.

Todos esses dados estão disponíveis na tabela abaixo, organizada por ordem alfabética.

PIB per capita

A região oeste também figura entre os dez melhores PIB per capita do Paraná. Destaque para Cafelândia, com o quarto maior PIB per capita do Estado, de R$ 78.303,60 em 2017, com avanço de duas posições em apenas um ano. Apesar de forte queda em 2017, Capitão Leônidas Marques tem o sétimo melhor PIB per capita, de R$ 74.822,73, e, em décimo, Palotina, de R$ 64.919,11.

Confira a tabela completa com o PIB dos municípios.