Economia

16º corte seguido: Projeção do PIB fica abaixo de 1%

A cotação do dólar permanece inalterada

São Paulo – O mercado voltou a cortar a expectativa de crescimento da economia do Brasil neste ano, segundo a pesquisa Focus, divulgada pelo Banco Central nessa segunda-feira (17). O levantamento feito semanalmente mostra que a estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2019 foi para 0,93%, ante a projeção de 1% da última publicação.

A projeção do mercado para o crescimento do País começou o ano acima de 2%. Na divulgação de 7 de janeiro, a expectativa era que o desempenho brasileiro em 2019 ficasse em 2,53%. Na semana seguinte, ocorreu o único crescimento do ano, quando a previsão subiu para 2,57%. Desde então, o mercado passou a cortar a projeção, e, quando muito, mantinha a previsão da semana anterior. Os números desta semana indicam o 16º corte consecutivo.

Nesta semana, houve corte para a projeção de crescimento em 2020 também. Na semana passada, a expectativa era de uma alta de 2,23%, agora, de 2,20%.

A Selic (taxa básica de jutos) deve terminar este ano em 5,75%, na avaliação do mercado, enquanto na semana passada a projeção era de 6,5% (leia mais abaixo).

Já o IPCA, índice que mede a inflação, deve fechar no fim do ano em 3,84% no acumulado de 12 meses. Há uma semana, o projetado era de 3,89%.

A cotação do dólar para o fim do ano permanece inalterada em R$ 3,80.

Cor cortes na Selic em setembro

O mercado financeiro espera por manutenção da taxa básica de juros, a Selic, no atual patamar de 6,5% ao ano, na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) desta terça (18) e quarta-feira (19). Entretanto, a partir de setembro, instituições financeiras esperam pelo início de um novo ciclo de cortes.

Essas expectativas indicam que a Selic fica em 6,5% ao ano em agosto, cai para 6,25% ao ano em setembro, para 6% em outubro e para 5,75% ao ano em dezembro. Essas projeções são da pesquisa Focus, publicada todas as semanas pelo Banco Central com estimativas para os principais indicadores econômicos.

A Selic é usada pelo BC como principal instrumento para controlar a inflação. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.