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Marlone, um corintiano pela primeira vez na Europa e que sonha com gol mais bonito do ano

No futebol, um golaço pode abrir portas. No caso de Marlone, a pintura feita contra o Cobresal, do Chile, na fase de grupo da Libertadores, já lhe rendeu uma inédita viagem à Europa. Mas o meia do Corinthians quer mais. Nesta segunda-feira, às 15h30m (de Brasília), em Zurique, na Suíça, ele é um dos três candidatos ao Prêmio Puskas, de gol mais bonito de 2016.

? Gosto de frio, mas não aquele de matar. Pesquisei e vi que está frio pra caramba lá, vou levar muita roupa ? disse Marlone, em entrevista ao GLOBO, antes do embarque. Na bagagem, um item teve lugar especial: um broche do Corinthians, que usará na lapela do terno logo mais.

O jogador, que chegou no domingo à Suíça, acompanhado da esposa, Caroline, e do assessor, Roger Ferreira. Nos planos, conhecer a cidade:

Fifa, eleição de melhor do mundo e gol mais bonito

? Acho que vai dar para passear, conhecer alguns lugares, tirar muitas fotos ? comentou o jogador.

Veja o golaço de Marlone:

Marlone – corinthians

A pintura de Marlone contra o Cobresal foi no dia 20 de abril, no Itaquerão, mas os nomes de quem concorria ao Puskas só saiu um pouco mais de sete meses depois.

? Não sabia que os finalistas só eram divulgados em novembro. Quando fiz o gol, perguntava toda semana ao meu assessor se a lista já tinha saído ? relembrou Marlone.

Golaço à parte (ele matou a bola no peito, na entrada da área, e bateu de voleio, de perna direita), Marlone achou que fosse uma pegadinha, quando soube que estava entre os finalistas:

? Quando recebi a notícia, nem acreditei, o Instagram da Fifa me marcou, achei que fosse alguma brincadeira, mas, como eles têm mais de 3 milhões de seguidores, pensei: o negócio é sério mesmo, recebi os parabéns e logo me toquei de que era sério mesmo.

Veja os três concorrentes do Prêmio Puskas:

Prêmio Puskas: os três concorrentes de 2016

Sobre a solenidade desta tarde, dois sentimentos tomam conta do meia:

? Rola uma ansiedade, é uma coisa nova na minha carreira, ainda mais representando o Brasil. Só de estar entre os três é uma vitória para mim, mas estou na expectativa e confiante.

63112334_Marlone jogador de futebol do Vasco.jpg Revelado pelo Vasco, em 2012, o meia explica por que não emplacou no Cruzeiro (dois anos depois) e no Fluminense (em 2015).

? Não tive sequência nesses dois clubes. O Sport me deu sequência, credibilidade e apareci. Cheguei ao Corinthians, tive lesão (entorse no tornozelo esquerdo) e me recuperei. Futebol é isso: confiança e dar sequência ? disse o meia, que tem contrato com o Corinthians até o fim de 2019, esteve nos planos do Atlético-MG, mas deve seguir no clube paulista.

Aos 24 anos, o jogador, nascido em Augustinópolis, no Tocantins, prega a versatilidade no futebol:

? Quando estou na esquerda, flutuo muito pelo meio, o jogador não pode ter preferência. Se você for para a Europa, tem que jogar em mais de uma função. Jogo pelo meio, por dentro, tem jogadas minhas pela direita, pelo meio, ou chutando a gol, tenho que ser útil.

Marlone concorre ao Puskas com Mohd Faiz Subri, da Malásia, e Daniuska Rodríguez, da Venezuela. Criado em 2009, o prêmio já teve dois brasileiros como vencedores: Neymar, em 2011, e Wendell Lira, no ano passado.