Esportes

Bandeira aponta para o ouro em Copacabana

Ainda não é o pódio, mas a bandeira do Brasil já tremula no lugar mais alto
da Praia de Copacabana. Fincada no Forte, a flâmula verde-amarela indica também
um caminho para o ouro. Quem conhece o trecho em que serão disputadas as provas
da maratona aquática, dias 15 e 16, sugere aos atletas brasileiros que prestem
atenção aos sinais ao redor.

? Quando a bandeira aponta para o Pão de Açúcar, o vento
é o sudoeste. Quando está para Ipanema, é o leste. E o leste pode trazer
instabilidade para o mar ? diz Felipe Costa, instrutor de stand-up paddle.

Tem atleta, no entanto, que prefere o mar agitado, pondera Luiz Lima,
ex-nadador olímpico. Desde 2009, ele oferece aulas de natação no mar naquele
ponto:

? Alguns se adaptam às condições do clima. Tem a ver
sobre como a técnica encaixa. É como se fosse um carro de Fórmula-1. Numa
estrada esburacada, um jipe ultrapassa.

A temperatura da água deverá ficar em torno de 22°, um pouco mais quente do
que no verão.

? Serão quatro voltas de 2,5km, totalizando 10km. O ritmo será constante nas
três primeiras voltas e intensificado na última ? diz Lima, atual secretário de
Alto Rendimento do ministério do Esporte

Os atletas sairão de uma balsa perto do Forte e vão
nadar até um ponto entre os postos 4 e 5. Guarda-vidas há 26 anos, o primeiro
oficial do 3º Gemar diz que a fortificação pode ajudar em um dos trechos:

? Canto de pedra tem sempre uma corrente, e o atleta pode aproveitar se ficar
mais perto do Forte ? diz Ricardo Campos. ? Mas, lá no meio da praia, a
ondulação pode ser mais intensa. Tem que estar atento para não ser jogado onde a
onda quebra.

A equipe brasileira é formada por Ana Marcela Cunha, Poliana Okimoto e Allan
do Carmo.