Economia

Após tombo, Bolsa fecha em alta de 7,14%

A alta foi liderada por Petrobras e Vale, que subiram 9% e 18%, respectivamente.

Rio de Janeiro - Sede da Petrobras (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Rio de Janeiro - Sede da Petrobras (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

São Paulo – A Bolsa de Valores brasileira teve um pregão de recuperação nessa terça-feira (10), após tombar 12,17% na véspera, a pior queda desde 1998. O Ibovespa subiu 7,14%, a 92.214 pontos, na maior alta diária desde janeiro de 2009. A alta foi liderada por Petrobras e Vale, que subiram 9% e 18%, respectivamente.

As ações da Petrobras também mostraram melhora, fechando com altas de mais de 8,5% cada após tombo de quase 30% na véspera, mas foram os papéis da Vale que se destacaram com salto de mais de 18%.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 6,99%, a 92.087,26 pontos.

O real também voltou a ganhar força. A cotação do dólar comercial caiu 1,7%, e fechou a R$ 4,647. O Banco Central vendeu US$ 2 bilhões à vista para dar liquidez ao mercado e reduzir a alta da moeda. No ano, o dólar acumula alta de 15,7% ante o real.

Os investidores aproveitaram as fortes quedas para ajustar as carteiras, otimistas com estímulos econômicos nos Estados Unidos. “Ontem [9] foi totalmente atípico porque muitos fundos são obrigados a seguir a política de risco e se desfazem de ações a qualquer custo, mas hoje [10] já refizeram posição. Agora, a pessoa física também está mais consciente, muitos voltaram a comprar hoje”, disse Rodrigo Moliterno, chefe de renda variável da Veedha, corretora ligada à XP.

Segundo a política de risco, um fundo é obrigado a vender ações caso a queda do Ibovespa atinja determinado patamar, de modo a proteger seus investidores. Segundo Moliterno, esse patamar é em torno de 7% a 10% de desvalorização do índice.

Cortar impostos

No início da noite de segunda, o presidente Donald Trump afirmou que trabalha com a possibilidade de cortar impostos sobre os salários para apoiar a economia no combate ao surto de coronavírus. Ontem à tarde ele se reuniu com senadores republicanos para discutir a medida.

Segundo agências de notícias, o presidente considera duas opções: reduzir os impostos até novembro, época das eleições presidenciais, ou fazer um corte permanente nas taxas.