Cotidiano

Trump convida apoiadores de Sanders para enfrentar Hillary

NOVA YORK – Numa noite em que conquistou o já virtualmente garantido resto dos delegados necessários para a indicação republicana pela disputa à Casa Branca, Donald Trump estendeu a mão a apoiadores do senador Bernie Sanders para que eles o ajudem a derrotar Hillary Clinton nas eleições de novembro. Com tom mais sério e enfim usando um teleprompter (que sempre ironizou por parte de outros candidatos), ele disse que “hoje fechamos um capítulo na História e começamos outro”.

? Vocês que foram deixados na mão pelos superdelegados, recebemos vocês de braços abertos. Este é um testemunho para as pessoas que acreditam que a verdadeira mudança, não a de (Barack) Obama, é possível.

Trump disse que é “um lutador pela paz”, destacando que seus negócios enquanto empresário foram benéficos para todas as partes envolvidas. Ele ainda pediu a união de seu partido.

Pouco depois, focou em Hillary, “a extensão do desastre Obama”. Acusou-a de fraudar o sistema político e de expor a segurança do país quando secretária de Estado, num caso de uso indevido de e-mails pessoais para se comunicar em assuntos diplomáticos.

? Não podemos consertar os problemas do sistema elegendo os políticos que o criaram.

Trump tem sido acusado de racista por causa de seus comentários contra o juiz que, segundo ele, ?o persegue por ter herança mexicana?. Diversos republicanos proeminentes, inclusive o presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, que só recentemente declarou apoio ao magnata, condenaram Trump.

Uma pesquisa global divulgada pelo instituto Ipsos, após entrevistar 12.500 pessoas de 25 países, afirmou que Trump só venceria Hillary na Rússia e na China. Na média, Hillary teria 57% dos votos, contra 13% de Trump e 30% de indecisos. Já 54% afirmam que Hillary seria melhor para a paz mundial, contra 9% que apoiam Trump, 14% que não veem diferenças e 22% que não sabem. Novamente neste quesito, o de segurança global, Trump só se sai melhor na China e na Rússia. A maior lavada da democrata seria, justamente, no México ? Trump acusou o país de enviar ?criminosos e violadores? aos EUA e quer construir um muro na fronteira dos dois países. Lá, a ex-secretária de Estado teria 88% dos votos, contra apenas 1% de Trump.