Curitiba – A atividade industrial paranaense cresceu 5,4% entre outubro e novembro de 2023, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o maior resultado nacional no período, à frente de Espírito Santo (4,3%), Rio de Janeiro (3,7%), Goiás (3,3%), Bahia (2,7%), Minas Gerais (2,5%) e Ceará (2%). A média nacional dos 18 locais mapeados pelo estudo ficou em 0,5% no período.
De acordo com o IBGE, além da alta individual, o Paraná teve a segunda maior influência no período para o crescimento do resultado nacional, atrás apenas de São Paulo, que tem o maior parque fabril do País. Novembro foi o quarto mês consecutivo de resultados positivos no Estado, que acumula ganho de 14,5% no período. Os outros resultados foram de 5,3% em agosto, 1,6% em setembro e 1,4% em outubro.
“Houve uma significativa melhora no ritmo de produção da indústria paranaense e podemos afirmar isso olhando os números relacionados aos números pré-pandemia. A indústria paranaense se encontra 9,6% acima do patamar pré-pandemia. É um patamar significativo, positivamente falando”, destacou o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, na divulgação oficial do IBGE.
Na comparação com novembro de 2022, os números são ainda mais expressivos: o setor industrial paranaense cresceu 21,2% em novembro de 2023. Novamente o resultado do Estado foi o melhor do Brasil, 19,9 pontos percentuais acima da média nacional (1,3%). Espírito Santo (18,5%), Goiás (16,6%), Pará (12,8%), Rio de Janeiro (10,5%) e Mato Grosso (10,0%) também assinalaram avanços de dois dígitos.
No índice acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial local assinalou variação positiva de 4,2%. Nesse indicador, o Estado divide as melhores colocações do País com Rio Grande do Norte (12,2%), Espírito Santo (9,4%). Mato Grosso (5,4%), Goiás (4,9%), Pará (4,5%), Rio de Janeiro (4,4%) e Minas Gerais (3,2%). As maiores influências positivas ao longo do ano no Paraná foram na fabricação de produtos derivados de petróleo e de biocombustíveis (32,2%), alimentos (7,7%), bebias (4,1%) e móveis (2,7%).
“É um segmento primordial para a economia por causa da industrialização dos produtos do campo e geração de valor e tecnologia, além da atração de empregos qualificados e que pagam melhores salários. Tivemos recorde de exportações em 2023, aliado a um crescimento econômico expressivo, apontado pelo Banco Central como o melhor do Brasil. Com evolução em todos os setores e a menor taxa de desemprego da última década, vivemos um dos melhores ciclos econômicos da história recente do Paraná”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Outros dados
No índice de média móvel trimestral encerrado em novembro para a indústria, o crescimento do Paraná ficou em 2,9%, atrás apenas do Pará (4,7%). Goiás (2,7%), Bahia (2,4%), Ceará (2,3%) e Rio de Janeiro (1,9%) completam as maiores evoluções. A média nacional ficou em 0,2% no período.
O acumulado nos últimos 12 meses mostrou variação nula (0,0%) em novembro no território nacional, mas alguns estados tiveram índices positivos, casos de Espírito Santo (6,8%), Mato Grosso (4,9%), Goiás (4,6%), Rio de Janeiro (4,4%) e Paraná (3,5%).
Cod foto: industria paranaense
Crédito: José Fernando Ogura/AEN
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Para Fiep, resultado mostra força e resiliência da indústria
Para o presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Edson Vasconcelos, esses indicadores mostram a força e a resiliência da indústria do Estado. “Mesmo diante de vários desafios e obstáculos surgidos nos últimos anos em decorrência de questões internas e externas, nossa indústria segue registrando números significativos em sua produção”, afirma. “Tudo isso se deve principalmente à persistência de nossos empresários industriais, que seguem investindo e gerando empregos no Paraná, em mais um claro sinal da relevância do setor industrial para o desenvolvimento econômico e social do nosso estado”, acrescenta.
Vasconcelos reforça que a indústria paranaense tem potencial para crescer muito mais. “Como legítima representante da indústria paranaense, a Fiep entende que podemos desenvolver ainda mais nossas cadeias produtivas com os insumos que temos aqui. Para isso, porém, é preciso aprimorar nosso ambiente de negócios por meio de uma política industrial efetiva, que incentive ainda mais o investimento produtivo em nosso estado. Entendemos que essa deve ser uma construção coletiva, envolvendo o governo e todos os atores públicos e privados que tenham ligação com a indústria”, explica.