O número de brasileiros chamados “nem nem” – que nem trabalham nem procuram emprego – é o maior da série histórica, iniciada em 2012, atingindo 65,6 milhões de pessoas. Já o número de trabalhadores com carteira é o menor já registrado. Os dados fazem parte da Pesquisa Pnad Contínua divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que revelou ainda: a taxa de desemprego no Brasil recuou para 12,4% no trimestre encerrado em junho, mas 13 milhões de pessoas ainda estão desempregadas no País.
Contudo, a taxa de desemprego ficou abaixo da registrada no trimestre terminado em maio, quando o índice foi de 12,7%, e também na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (13%).
O número de desempregados também caiu. No trimestre encerrado em maio eram 13,2 milhões. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, quando havia 13,5 milhões de desocupados, o número de desempregados caiu 3,9%, ou menos 520 mil pessoas nessa situação.
Os dados do IBGE mostram, entretanto, que a queda da taxa de desemprego tem sido puxada pela geração de postos informais e pelo grande número de brasileiros fora do mercado de trabalho. Ou seja, que nem trabalham nem procuram vagas.
Segundo Cimar Azeredo, coordenado de Trabalho e Rendimento do IBGE, o número de brasileiros que não trabalham nem procuram emprego é o maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Ou seja, muita gente tem optado por ficar de fora do mercado de trabalho, o que contribui para a queda do índice de desemprego e do número de desempregados. Esse universo de 65,6 milhões de brasileiros inclui idosos, jovens e estudantes que não trabalham e pessoas que deixaram de ter disponibilidade ou que desistiram de procurar emprego.
Em números:
Taxa de desemprego: 12,4%
Total de desempregados: 13 milhões
Variação do desemprego: -3,9%
População ocupada: 91,2 milhões
“Nem nem”: 65,6 milhões