RIO – ?Não podemos oferecer muito dinheiro, mas podemos oferecer um grande incentivo para vir e fazer um teste. Temos MUITAS TERRAS?, diz o anúncio de emprego publicado no Facebook por um mercado na ilha de Cape Breton (ou Ilha do Cabo Bretão, na versão em português), no nordeste do Canadá. A oferta é de dois acres (8.093,71 metros quadrados), pouco mais do que um campo de futebol.
Com a população decrescendo ? tem cerca de 135 mil pessoas ?, a localidade faz apelos peculiares para atrair migrantes. Em fevereiro, a chefe do serviço de turismo náutico, Mary Tulle, convidou para se realocarem ali americanos descontentes com a possibilidade de ter o empresário Donald Trump como seu presidente, conforme o jornal britânico ?Independent?. No site da ilha, o anúncio dizia: ?Não espere até Donal Trump ser eleito presidente para encontrar outro lugar para viver. Comece uma vida nova em Cape Breton, onde as mulheres podem fazer abortos, os muçulmanos podem circular livremente e os únicos muros são os que sustentam os telhados sobre as nossas casas superconfortáveis?.
O mercado que publicou o anúncio, chamado de The Farmer?s Daughter Country Market, já havia contratado moradores e ainda tinha vagas em aberto. Daí a ideia de atrair gente de fora oferecendo terras para que pudessem construir suas casas. A condição era permanecer cinco anos ou mais no emprego.

O mercado, que fica no vilarejo de Whycocomagh, alertava desavisados que o chamamento não valia para estrangeiros, pois Cape Breton não se qualifica para o Programa de Trabalhadores Estrangeiros do Canadá. Já foram contratadas três pessoas.