Cotidiano

Crítica: O Rappa e a madeira de lei que cupim não rói

o-rappa---dvd-acstico-na-oficina-francisco-brennand_27417917315_o.jpg Links Rappa 2 RIO ? “Urrapa!”, “Urrapa!”. Pernambucanamente, o povo de Recife saúda o quarteto carioca, que, em momento de reinvenção, adere à tendência de acústicos-não-tão-acústicos-assim, de leve semelhança com aquele modelo da MTV. Falcão (vocais), Xandão (guitarra), Lauro Farias (baixo) e Marcelo Lobato (teclados, harmônio, escaleta, percussão…) se mandaram para Pernambuco, onde absorveram estética e sonoridade nordestinas para reler canções, especialmente de seu repertório recente, dos discos “7 vezes” (2008) e “Nunca tem fim” (2013), além de quatro inéditas – tudo emoldurado pelas obras e pela arquitetura da galeria do veterano artista – que, aos 88 anos, de vez em quando dá um alô para pontificar sobre a arte, a música e a vida.

A palavra “acústico”, no sentido de desplugado, se aplica às duas primeiras músicas, o standard “Pescador de ilusões” e “Anjos (pra quem tem fé)”, no começo do DVD, além de “7 vezes”, enfiada no meio da apresentação elétrica. Estas, os quatro integrantes levam sozinhos, em uma sala da galeria-museu de Brennand.

Daí em diante, O Rappa é Urrapa, com arranjos algo diferentes, instrumentos alternativos (para júbilo do Professor Pardal Lobato), o baixo macio de Lauro, os dreads e o carisma de Falcão, à frente de um repertório que foge do óbvio. Convidados como Lula Queiroga e o incendiário RAPadura garantem a diversão.

Cotação: bom. O Rappa – Pescador de Ilusões [Acústico na Oficina Francisco Brennand] (Vídeo Oficial)