O comandante do Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná, coronel Gerson Gross, e sua equipe, esteve nesta semana, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR), onde se reuniu com o diretor superintendente, general Eduardo Garrido, e o diretor administrativo-financeiro, Flaviano Masnik.
O objetivo da reunião foi prospectar uma parceria para o desenvolvimento de uma solução tecnológica que padronize as análises de projetos de segurança contra incêndios e pânico.
Segundo o comandante Gross, hoje, os prazos de análise do corpo de bombeiros levam no mínimo 14 dias até uma devolutiva e, para projetos mais complexos, o trâmite leva entre 90 a 120 dias. Com uma ferramenta que possa fazer essa análise, automatizando pelo menos parte do processo, com os parâmetros estabelecidos pelo Estado do Paraná, resultaria em uma redução de tempo significativa.
“Nós solicitamos uma visita ao Parque Tecnológico Itaipu para buscar uma solução tecnológica para padronização e automação de análises de projetos de segurança contra incêndios e pânico. Para a população que busca uma agilidade na regularização de projetos para estabelecimentos isso é muito importante”, explicou o comandante.
Segundo Rudi Paetzold, gerente de Infraestrutura, Segurança e Serviços do Parque Tecnológico, uma provável solução pode ser o desenvolvimento de ferramentas, por meio de programação, que poderiam fazer a análise de atendimento dos parâmetros, em projetos desenvolvidos em Building Information Modeling (BIM) ou, traduzindo, modelagem da informação da construção.
“O BIM é um banco de dados que se expressa através de desenhos. Essa metodologia é o que existe de mais moderno na área de construção civil. Desde 2016 estamos aperfeiçoando nossos templates, bibliotecas e famílias de elementos. Coincidentemente, nosso template de elaboração de Projetos de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico, já possui muita inteligência agregada, conseguimos desenvolver ferramentas que nos permitiram automatizar algumas etapas de elaboração destes projetos, fazendo com que já saiam completamente de acordo com as normativas, nos trazendo bastante segurança e eficiência. Também utilizamos programação para outras finalidades, por exemplo, fazer uma análise muito rápida sobre a ocupação dos espaços no Parque, identificando espaços eventualmente subutilizados ou subdimensionados, e isso só foi possível através de programação atrelada a modelagem BIM”, explicou Rudi.
Para o general Eduardo Garrido, a possibilidade de parceria com o corpo de bombeiros do Estado do Paraná, é uma excelente oportunidade de aplicar a expertise do PTI em um serviço que beneficie a sociedade. “Essa parceria vai representar uma grande economia para o corpo de bombeiros, e para o Estado do Paraná, liberando militares de funções administrativas para outras atividades indispensáveis. Além disso, deverá agilizar o trabalho e o tempo de autorização de projetos com benefícios para todos, tanto os cidadãos quanto o poder público”, disse