Foz do Iguaçu – A direção do Sitrofi (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários) tem reunião marcada esta quarta-feira (15) para definir ações da categoria a fim de garantir a quitação integral de pendências trabalhistas. A categoria havia iniciado greve no último dia 30 de junho, que foi suspensa devido ao decreto estadual da quarentena restritiva, o qual vigora até hoje.
Quando deflagraram a greve, os rodoviários cobravam pagamentos atrasados de salários e férias e denunciavam o que chamaram de “demissões em massa” de trabalhadores. Também pediam mais providências para elevar a segurança de cobradores e motoristas contra a covid-19.
Segundo o presidente do sindicato, Rodrigo Andrade de Souza, a Justiça determinou o bloqueio de recursos do transporte coletivo para a quitação dos direitos dos profissionais. “As empresas pagaram parte dos salários atrasados. Mas esse valor não foi suficiente, ficaram pendências”.
A quarentena suspendeu as negociações com as empresas. “Esperamos retomar as reuniões para ver como as empresas pagarão os direitos da categoria – de quem está trabalhando e de quem foi demitido”, afirmou Rodrigo. Essa mediação vinha sendo feita pela Justiça do Trabalho.
Segundo o dirigente do Sitrofi, há uma nova preocupação na pauta da categoria: as demissões realizadas pelas empresas do Consórcio Sorriso, pois os avisos prévios estão vencendo. “Temos mais essa situação causada pela demissão em massa. Estamos acompanhando se empresas farão o pagamento das rescisões trabalhistas”, disse.
O Sitrofi estima em 200 demissões de cobradores e motoristas. “Não temos como saber ao certo agora, pois as empresas não precisam mais fazer a rescisão no sindicato. No próximo mês teremos como ver esses números, pois receberemos a informação sobre a condição de associados ao sindicato”, explica Rodrigo.
A categoria dos rodoviários é formada por 650 trabalhadores. Além de cobradores e motoristas, a classe é composta de lavadores, mecânicos, fiscais, pessoal que atua em escritório, entre outros profissionais.
Empresas
Com base em uma liminar concedida pela Justiça, empresas do Consórcio Sorriso dispõem de frota limitada de ônibus. Elas alegam queda drástica no número de passageiros durante a pandemia, e que por isso não conseguem arcar com compromissos trabalhistas e custos operacionais do sistema.