Os feirantes que integram a Associação dos Pequenos Produtores Rurais e Urbanos de Cascavel e realizam a feirinha nas terças e nas quintas-feiras à tarde e nas manhãs de domingo na Praça Wilson Joffre estão preocupados com os efeitos da mudança do transporte coletivo, que passou da Rua Rio Grande do Sul para a Avenida Brasil, além de uma anunciada reforma em toda a praça.
Segundo eles, desde que foram desativados e esvaziados os pontos de embarque e desembarque da praça, houve impacto direto e significativo na redução de público: “Já estamos enfrentando perdas na casa de 30% no faturamento da feira”, adverte o produtor Roque João Garlet, que preside a entidade.
“Estamos preocupados porque temos dúvidas do que vai acontecer de fato. Sabemos que a prefeitura quer fazer uma obra grande, transformar a praça em cartão-postal. Mas até lá, como ficamos? O que faremos para sobreviver?”, indaga.
Garlet participou nesta semana de encontro com vereadores e secretários para apresentar essas preocupações. “Tememos o futuro com as mudanças feitas a cada governo. Os feirantes precisam estar preparados para isso e nossas autoridades precisam compreender que a maioria de nossas famílias depende exclusivamente de nossas feiras para garantir a sobrevivência. Qualquer mudança sempre afeta a vida dessas 86 famílias”, alertou.
A feirinha se mudou para a praça há três anos devido ao fechamento dos estacionamentos na Avenida Brasil para a obra do novo sistema de transporte coletivo.
Próximo desafio
Na reunião estiveram presentes os secretários Nei Haveroth (Agricultura) e João Alberto Soares de Andrade (Desenvolvimento Econômico). Eles explicaram que, por conta das obras pretendidas na praça, cujo projeto ainda está em ajuste de detalhes técnicos, prefeitura e feirantes terão que encarar o desafio de resolver como será essa transição com a possível mudança temporária de local para a realização das feiras enquanto durarem as obras da Wilson Joffre.
Cogitou-se, inclusive, a possibilidade de mudança temporária para a Feira do Teatro, que ocorre aos domingos de manhã, mas nem mesmo isso está definido: “Estamos ainda abertos, discutindo possibilidades de melhor solução para todos”, disse Haveroth.