SÃO PAULO. O Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4) manteve nesta quarta-feira as prisões preventivas do marqueteiro João Santana e de sua mulher, Mônica Moura. O casal foi preso no dia 23 de fevereiro na 23ª fase da Operação Lava-Jato.
Santana foi o responsável pelo marketing das campanhas presidenciais de Dilma Rousseff em 2014 e 2010 e de Lula em 2006.
A decisão confirmou a liminar (decisão provisória) que havia sido concedido no dia 8 de março pelo desembargador federal João Pedro Gebran Neto, responsável pelas ações da Lava-Jato no TRF4 e relator do caso.
De acordo com Gebran, as provas recolhidas apontam que Santa a mulher são controladores de conta na Suíça em nome de uma offshore do Panamá. Essa conta, ainda segundo o desembargador, teria recebido dinheiro da Odebrecht através de outras contas usadas para pagamento de propina.
O desembargador apontou ainda que Santana teria excluído arquivos de sua conta Dropbox (servidor digital para armazenamento e compartilhamento de arquivos), o que derrubaria a alegação da defesa de que o marqueteiro estaria colaborando com as investigações.
?Há indicativos de que a revogação da prisão, sobretudo pelas transferências bancárias realizadas já após a notoriedade da ‘Operação Lava Jato’, possibilite, ainda que de forma oculta, a rearticulação do esquema espúrio e a possibilidade de ocultação de provas de interesse da causa?, escreveu o relator.