Cotidiano

Queixa criminal é registrada no Japão em função de airbag da Takata

TÓQUIO – Executivos da Nissan e da Takata responsáveis por qualidade e segurança dos produtos são citados em uma queixa criminal no Japão em função da ruptura de um airbag defeituoso. O caso é o primeiro do tipo no mercado doméstico das duas empresas.

A polícia na cidade de Ito aceitou a queixa feita em 30 de maio pela passageira que ficou ferida após o rompimento do insuflador de um airbag Takata instalado em um Nissan X-Trail, em outubro, de acordo com um porta-voz da polícia. A mulher, cuja identidade não foi revelada, ficou com lesões no rosto, braço esquerdo e mão direita, disse a montadora.

O serviço de notícias japonês Kyodo informou, citando fontes anônimas ligadas à investigação, que a polícia está investigando a partir da queixa uma suspeita de negligência profissional resultando em lesão. Mas a polícia não comentou.

O utilitário, ano 2006, foi parte de um recall anunciado em maio do ano passado. O veículo foi levado à loja da marca, mas nenhuma parte foi substituída após uma checagem para verificar se o inflador estava hermeticamente fechado — o que, na época, a Nissan acreditava significar que o dispositivo estava seguro.

Tanto Nissan quanto Takata disseram que estão cooperando com a investigação e não quiseram fazer outros comentários.

Pela lei japonesa, depois de aceitar a queixa criminal e conduzir a investigação, a polícia decide se passa o caso para promotores fazerem o indiciamento.

O ex-presidente de Mitsubishi Katsuhiko Kawasoe e três outros profissionais da montadora foram considerados culpados de negligência profissional em 2008 pela Justiça no Japão em relação a um acidente fatal com uma picape em outubro de 2002. Todos os quatro foram beneficiados com a suspensão das penas.