BOGOTÁ – A proibição do presidente americano, Donald Trump, à entrada de refugiados e de cidadãos de sete países de maioria muçulmana nos EUA foi tema central de uma cúpula de vencedores do Prêmio Nobel da Paz, em Bogotá, na Colômbia ? onde ele foi chamado de racista.
? Temos que lutar para encontrar a paz e justiça civil. Queremos dar um basta a este discurso de violência, de discriminação e de racismo ? disse a ativista iemenita Tawakkul Karman, Nobel da Paz de 2011. ? Não podemos isolar muçulmanos simplesmente por discordar da sua religião.
A iraniana Shirin Ebadi, vencedora de 2003, também questionou Trump por chamar de ?terroristas? todos os cidadãos de seu país, enquanto a ativista americana Jody Williams acusou o presidente de ?racista e sexista?.
? Com grande incredulidade vemos como o líder da maior democracia do mundo não respeita os direitos humanos e a diplomacia internacional ? disse o ex-presidente da Costa Rica Oscar Arias, vencedor do Nobel em 1987. ? Estamos na expectativa pelo que vai acontecer no país mais poderoso do nosso continente, onde a insensatez, a xenofobia e o ódio cresceram de forma descomunal.
Sem mencionar diretamente o americano, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, último ganhador do Nobel, afirmou que é preciso mudar o discurso de terrorismo e rejeição aos imigrantes.