São Paulo – O governo da China liberou mil litros a menos do que o previsto de insumos para a produção da Coronavac, de acordo com informação da assessoria do Instituto Butantan. Com a mudança, a estimativa é de que o novo lote permita a fabricação de cerca de 5 milhões em vez de 7 milhões de doses da vacina contra a covid-19.
O governador João Doria (PSDB) havia divulgado na segunda-feira (17) a expectativa da liberação do volume de 4 mil litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA). Segundo o Butantan, contudo, a autorização foi de um volume inferior, de 3 mil litros.
A previsão é de que o novo lote chegue em 26 de maio. A produção de Coronavac foi paralisada na semana passada por falta de insumos, o que reduziu pela metade a previsão de entrega de imunizantes para este mês.
A carga de IFA para o Butantan será enviada pela biofarmacêutica Sinovac, desenvolvedora da vacina. Em declarações recentes, Doria tem afirmado que as críticas frequentes do governo federal à China prejudicam a liberação de IFA.
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que produz a vacina da AstraZeneca com a Universidade de Oxford no Brasil, também tem enfrentado atrasos de insumos vindos da China.
No País, 5 milhões de pessoas estão com a segunda dose de vacina atrasada. A escassez de imunizantes tem levado municípios de diferentes estados a atrasar a aplicação da segunda dose.