Economia

No Paraná: Nove em cada dez estão endividados

A parcela de endividados com contas em atraso teve melhora em relação ao último mês de 2019, passando de 28,87% para 28,43% em janeiro.

Curitiba – O número de endividados paranaenses continua o mais alto do País e bem acima da média nacional. No Paraná, 90,88% estão endividados, mesmo percentual de dezembro passado. Os dados são da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e pela Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná).

A parcela de endividados com contas em atraso teve melhora em relação ao último mês de 2019, passando de 28,87% para 28,43% em janeiro.

No entanto, as famílias que afirmam não ter condição de pagar as contas em atraso subiram de 11,87% em dezembro para 12,75% em janeiro. Esse é o maior índice de inadimplência desde julho de 2016, ressaltando a importância do planejamento financeiro.

De acordo com a Fecomércio PR, o endividamento, por si só, não deve ser visto como fator negativo. O Paraná é o estado brasileiro com maior número de famílias endividadas, em função do alto índice de empregabilidade da população e estabilidade de renda, o que encoraja os consumidores a contraírem dívidas e efetuarem compras a prazo. Tanto que o cartão de crédito correspondeu a 73,51% das dívidas em janeiro. O financiamento imobiliário e de veículo foram outros motivos de endividamento dos paranaenses, com 10,61% e 8,21%, respectivamente.

A pesquisa mostra que as famílias com maior renda (acima de dez salários mínimos) são as mais endividadas, com 93,45% em janeiro, ante 90,33% entre as famílias com renda mais baixa. Por outro lado, o poder aquisitivo mais elevado possibilita melhores condições de pagamento para os consumidores das classes A e B, entre as quais 12,50% possuíam contas em atraso no mês de janeiro e apenas 5,95% não tinham condições de quitá-las. Já entre as famílias das classes C, D e E, 31,72% estavam com as contas atrasadas e 14,03% não tinham condições de efetuar o pagamento desses débitos.