Cascavel – Há exatamente um ano, Cascavel antecipava a inauguração do Hospital Municipal de Retaguarda Allan Brame Pinho para atender o crescente número de pacientes infectados pela covid-19. O hospital foi adquirido pelo Município de Cascavel, reformado e equipado antes de entrar em funcionamento, no dia 18 de maio de 2020.
A estrutura foi montada com equipamentos de tecnologia avançada, equipe de atendimento qualificada, exames laboratoriais e de imagem e prestação de serviços como hemoterapia, além de outros equipamentos e procedimentos.
Passado um ano, o Hospital Municipal de Retaguarda já realizou 9.323 atendimentos. Desse total, 8.196 são atendimentos ambulatoriais, 383 internamentos em leito de UTI e 744 em enfermaria.
Atualmente, o hospital conta com 28 leitos de enfermaria e 25 de UTI. Na manhã de hoje (18), o Hospital de Retaguarda estava com 24 pacientes internados na UTI e 23 em leitos de enfermaria.
“Nosso foco nesse enfrentamento ao vírus sempre foi salvar vidas. Tínhamos um hospital que estava sendo preparado para dar suporte às UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), mas era uma estrutura obsoleta e que precisava de uma ampla reforma. Quando decidimos adquirir o hospital, tudo saiu do zero, tivemos que transformar toda a estrutura e entregamos à população de Cascavel em um momento difícil, quando os números de casos estavam aumentando, mas conseguimos dar uma resposta rápida. Enquanto o mundo corria atrás de respiradores, nós entregamos um hospital montado, com respiradores e UTI com 14 leitos. Hoje a capacidade de leitos de UTI duplicou”, avalia o prefeito.
O chefe de Gabinete, Thiago Stefanello, que na época da implantação do Hospital de Retaguarda respondia pela Secretaria de Saúde, lembra que a unidade hospitalar surgiu com a proposta de dar suporte às UPAs. O planejamento inicial começou ainda com ex-secretário Rubens Griep, para suprir a necessidade da média complexidade hospitalar.
“Cascavel está muito bem suprida na atenção primária e expandiu ainda mais, de 50% para 87%, a cobertura de atenção básica. Possui uma excelente rede hospitalar de alta complexidade, mas, infelizmente, não temos cobertura de média complexidade hospitalar, que acaba resolvendo a maioria das cirurgias eletivas, ortopédicas, ginecológicas e gerais. Por isso o Hospital de Retaguarda se torna essencial”, destaca Stefanello.
No meio do caminho surgiu a pandemia da Covid-19 e o Hospital de Retaguarda teve que ser direcionado para atendimento exclusivo para este fim. “Ainda bem que tínhamos isso tudo bem adiantado, obras de reforma e adequações em andamento e boa parte dos equipamentos adquiridos. Firmamos uma parceria com o Consamu e o Estado deu total apoio para a compra de novos equipamentos e para ajudar no custeio das despesas também. Fico extremamente satisfeito em poder ter colocado o hospital em funcionamento. O HR foi fundamental no processo de enfrentamento da pandemia”, observa o secretário.