Cascavel - A Câmara Cascavel esqueceu um pouco os temas mais evidentes em Brasília, na polarização entre a esquerda e a direita, e voltou os olhos para debates de temas locais, como assistência social, segurança pública e gestão ambiental. Em uma audiência e uma reunião pública, vereadores, autoridades e representantes da sociedade civil discutiram propostas para estes setores.
Audiência pública
Na noite de quarta-feira (2), uma audiência pública debateu a possibilidade de transferir o Centro POP (Centro de Referência Especializado para População de Rua) para um local mais afastado do centro e dos bairros residenciais. A proposta prevê que a Prefeitura se encarregue do transporte dos usuários do serviço para uma estrutura que não esteja próxima a escolas e locais de grande circulação.
O encontro, presidido pelo vereador Policial Madril (PP) em conjunto com os vereadores Alécio Espínola (PL) e Fão do Bolsonaro (PL), reuniu vereadores, representantes do Executivo, comerciantes e moradores. O debate, bastante acalorado, com moradores do Santa Felicidade reclamando que não foram consultados para instalação do serviço no bairro e relatando diversos problemas decorrentes da presença de moradores de rua nas imediações e a falta de segurança vivenciada diariamente. Além da realocação do Centro POP, outras propostas foram aprovadas, como o reforço na segurança pública, a contratação de mais guardas municipais e a verificação da ficha criminal dos usuários do serviço para avaliar restrições.
Outro ponto polêmico foi a chamada “Operação Resgate Pela Vida“, que sugere a internação compulsória de pessoas em situação de rua que recusarem atendimento. A proposta foi debatida junto com medidas para ampliar o efetivo da Guarda Municipal e da Polícia Militar.
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Aterro sanitário
Já na manhã de quinta-feira (3), a Câmara promoveu uma reunião pública para tratar da gestão ambiental da cidade. O então secretário de Meio Ambiente, Ailton Lima esteve na Casa de Leis para esclarecer dúvidas da população sobre o aterro sanitário e o descarte irregular de resíduos.
Entre os temas abordados, foram explanadas informações sobre capacidade atual do aterro, os desafios da separação do lixo e a fiscalização do descarte de materiais. Também foi discutida a produção de energia fotovoltaica no local e a existência de resíduos perigosos, como amianto, no aterro.
Segundo Ailton, que deverá deixar a gestão da pasta nos próximos dias, na área ambiental, a gestão de resíduos continuará sendo monitorada, com atenção especial ao cumprimento das normas e à capacidade do aterro.
