Política

Parlamentares da oposição protocolaram pedido de impeachment de Barroso

Senador Jorge Seif (PL-SC) e deputado Carlos Jordy (PL-RJ) realizam coletiva de imprensa para falar sobre o protocolo de pedido de investigação conjunta (senadores e deputados federais) do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, por declarações que ferem a Lei 1.079/50, em seu artigo 39, que prevê os crimes de responsabilidade por parte de membros da Suprema Corte. A coletiva também conta com a presença de diversos parlamentares signatários da ação.

Participam:
senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ);
deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB);
senador Jorge Seif (PL-SC);
deputado Carlos Jordy (PL-RJ);
deputado Prof. Paulo Fernando (Republicanos-DF).

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Senador Jorge Seif (PL-SC) e deputado Carlos Jordy (PL-RJ) realizam coletiva de imprensa para falar sobre o protocolo de pedido de investigação conjunta (senadores e deputados federais) do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, por declarações que ferem a Lei 1.079/50, em seu artigo 39, que prevê os crimes de responsabilidade por parte de membros da Suprema Corte. A coletiva também conta com a presença de diversos parlamentares signatários da ação. Participam: senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ); deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB); senador Jorge Seif (PL-SC); deputado Carlos Jordy (PL-RJ); deputado Prof. Paulo Fernando (Republicanos-DF). Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Brasília – O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, é alvo de pedido de investigação por crime de responsabilidade. Em entrevista coletiva ontem (19), parlamentares da oposição disseram que a petição foi protocolada no Senado com a assinatura de 17 senadores e 70 deputados. O senador Jorge Seif (PL-SC) afirmou que Barroso exerceu atividade político-partidária e cometeu crime de responsabilidade, segundo a Lei do Impeachment (Lei 1.079, de 1950), ao afirmar, em congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), no dia 12 de julho, que “nós derrotamos o bolsonarismo”.

“Hoje, 19 de julho, nós senadores e deputados, apresentamos pedido de impedimento do ministro Barroso. Em 5 de julho, na cidade de Porto Alegre [RS], [o ministro Barroso] afirmou que o Poder Judiciário tornou-se um poder político. Tão ou mais grave foram suas declarações aqui em Brasília, no último evento da UNE, onde o magistrado afirmou ‘nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas’”, disse, completando que “as manifestações por parte do presidente [do Senado Rodrigo] Pacheco sobre as falas do ministro Barroso nos deixam certos que o presidente desta Casa também viu a gravidade e os crimes de responsabilidade nela contida”.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) apontou que as falas mais recentes do ministro do STF foram apenas o estopim de uma série de ações que demonstraram partidarismo e parcialidade. “A foto que nós vemos hoje do que fez o ministro Barroso é horrorosa, mas o filme do que ele vinha fazendo nos últimos anos é de terror. Ele veio para dentro do Congresso Nacional para trabalhar contra aquela PEC [Proposta de Emenda à Constituição] do voto eletrônico com comprovante impresso. Com que legitimidade assume agora a presidência do STF? Com que moral vai assumir a presidência do CNJ [Conselho Nacional de Justiça, responsável por fiscalizar cumprimento de deveres pelos juízes]?”, questionou.

Também assinaram o pedido de impeachment os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Damares Alves (Republicanos-DF) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS), entre outros.

Competência

A Constituição atribui ao Senado a competência de processar e julgar ministros do STF, membros dos CNJ (Conselhos Nacional de Justiça) e do Ministério Público, o procurador-geral da República e o advogado-geral da União por crimes de responsabilidade, que são definidos pela Lei do Impeachment. É passível de punição de impeachment a quem proceder de modo incompatível com o decoro de suas funções ou exercer atividade político-partidária, entre outras ações.

Fonte: Agência Senado