São Paulo – Com a intensificação do debate sobre imigração nas vésperas das eleições americanas de 5 de novembro, o tema volta ao centro das atenções, trazendo incertezas tanto para brasileiros que planejam construir uma nova vida nos Estados Unidos quanto para aqueles que já vivem no país e buscam regularizar sua situação.
Donald Trump e Kamala Harris, candidatos em disputa, apresentam visões opostas sobre políticas de imigração, com Trump propondo uma linha mais restritiva, enquanto Harris promete a promoção dos direitos dos imigrantes.
Visões opostas
A candidatura de Donald Trump traz uma postura rigorosa em relação à imigração, que inclui a promessa de implementar um programa de deportação em massa desde o primeiro dia de governo. Para Trump, essas medidas são essenciais para conter uma “invasão de imigrantes”.
Kamala Harris, por outro lado, defende que a imigração é fundamental para a identidade americana, propondo políticas que garantam dignidade e segurança aos imigrantes. Em seus discursos, Kamala reforça que a diversidade cultural promove o desenvolvimento social e econômico dos EUA, comprometendo-se publicamente a fortalecer os serviços de imigração e a criar um ambiente mais acolhedor para novos imigrantes.
Imigração de brasileiros
O número de brasileiros buscando imigração para os EUA aumentou drasticamente de 2023 pra cá, chegando a um crescimento de 250%. Esse cenário ressalta a necessidade de serviços jurídicos confiáveis, especialmente em um período em que a imigração é um tema central nas eleições americanas.
Em 2023, mais de 1,1 milhão de vistos de turista foram emitidos para brasileiros. Atualmente, cerca de 2 milhões de brasileiros residem nos Estados Unidos, sendo que a maior parte da comunidade se identifica como democrata. Os cidadãos americanos no exterior têm garantido o direito de votar em eleições federais nos Estados Unidos, através dos consulados, que no Brasil estão nas cidades de Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
Consequências na economia brasileira
São Paulo – A economia dos Estados Unidos, sendo a maior do mundo, atua como um barômetro para o desempenho econômico global. Decisões políticas e econômicas tomadas pela administração americana afetam diretamente o comércio internacional, a estabilidade financeira e o fluxo de capitais. A economia brasileira é particularmente sensível às mudanças na política americana devido a diversos fatores. Primeiramente, os Estados Unidos são um dos principais parceiros comerciais do Brasil, sendo um grande destino para exportações de commodities, como soja e petróleo. A eleição de um presidente com uma postura protecionista pode resultar em barreiras comerciais, impactando negativamente as exportações brasileiras.
Dema Oliveira, especialista em expansão de empresas, comenta: “Eu acredito que a mudança do governo dos Estados Unidos vai impactar, sim, os brasileiros. Primeiro, porque, se um republicano entra no poder nos Estados Unidos, o país se torna mais protecionista e seria melhor para nós termos alguém de direita governando o Brasil. Um governo protecionista protege seu próprio país, aumentando as alíquotas de importação, como aconteceu no tempo do Trump”.