Curitiba – Por volta das 19h dessa quinta-feira o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) voltou a ganhar a liberdade. Ele foi beneficiado por um habeas corpus concedido pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. O tucano estava preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, desde o dia 19 de março. Essa prisão ocorreu no âmbito da Operação Quadro Negro, que apura desvios de recursos públicos em obras de escolas. Ao deixar o local, dentro de um carro, o tucano não falou com a imprensa.
Essa foi a terceira vez que Beto Richa foi preso em seis meses, e também foi o maior tempo que ficou detido. Em setembro de 2018 Beto foi alvo da Operação Rádio Patrulha, e, em janeiro deste ano, da Operação Integração.
Condições
Apesar da vitória no tribunal – a votação terminou 2 a 1 pela soltura após 16 dias de detenção -, foram impostas medidas cautelares ao político. Embora não precise usar tornozeleira eletrônica, Beto Richa terá de entregar o passaporte, não poderá ter contato com os demais réus, deverá se manter em recolhimento domiciliar durante a noite e nos fins de semana, além de ficar proibido de trabalhar para instituições públicas.
Outro lado
Em nota oficial, a defesa de Beto Richa disse que “acredita na restauração de legalidade e que segue confiante nas instituições do Poder Judiciário, em especial do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná” e promete que “esclarecerá no curso do processo todos os fatos necessários a demonstrar a inocência do ex-governador”.