Policial

Mãe é absolvida do homicídio da própria filha

O TJ-PR considerou a mulher inimputável - ou seja, não poderá responder pelos crimes

Cascavel – Vanessa Aparecida Ramos do Nascimento, acusada de matar a filha Maria Clara Zortea, foi absolvida do crime. O TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) considerou a mulher inimputável – ou seja, não poderá responder pelos crimes – por conta de problemas mentais, em ratificação à decisão anterior da Justiça de Cascavel.

Vanessa foi diagnosticada com esquizofrenia paranoide, doença a qual faz com que ela perca todo o contato com a realidade. A partir de agora, ela será transferida para o CMP (Complexo Médico Penal) de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, onde permanecerá internada por, no mínimo, três anos para tratamento.

De acordo com o advogado de defesa da acusada, Ismael Kalil, após a internação no complexo médico, Vanessa será monitorada periodicamente pelo CAPSad (Centro de Atenção Psicosocial Álcool e Drogas) de Cascavel, ou onde decidir morar. Ainda segundo o defensor, o acompanhamento será para o resto da vida.

“Ela vai ficar internada em Pinhais pelo tempo em que o perito achar necessário. Após isso ela vai ser monitorada pelo CAPS. Esse acompanhamento é para sempre, já que a doença que ela foi diagnosticada não tem cura”, afirmou Kalil.

Após a internação, a acusada poderá pedir, inclusive, a guarda de sua outra filha, que está com o pai.

Além de Vanessa, Giulia Albuquerque é acusada do assassinato de Maria Clara, morta em 2014 durante um “ritual”. Ao contrário da mãe da criança, Giulia responderá normalmente pelo crime. Ela irá a júri popular e ainda aguarda a data da audiência, na qual será julgada pelos crimes de homicídio, tortura e cárcere privado.