Policial

Jovem é presa por simular sequestro do próprio filho

Na casa de um amigo, ela fez uma gravação com o celular na qual simulava uma ameaça

Maringá – Uma mulher de 21 anos e dois comparsas foram presos na madrugada de ontem, por policiais do Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial), suspeitos de simular um sequestro na cidade de Lobato, no Noroeste do Paraná. O falso sequestro começou na quarta-feira da semana passada, dia 17, quando Aline Cristina Rodrigues desapareceu com o filho de um ano e dez meses.

No mesmo dia, ela foi para a casa de um amigo, onde fez uma gravação com o celular na qual simulava uma ameaça. Nas imagens, a jovem aparecia caída no chão e abraçada com o filho pequeno, sob a mira de um revólver do suposto sequestrador que, encapuzado, fazia as ameaças.

No dia seguinte, a jovem foi para a casa de uma amiga na cidade de Maringá e de lá enviou o vídeo da suposta ameaça para a irmã dela, dizendo ter sido sequestrada e solicitando uma quantia em dinheiro para pagar o resgate. Inicialmente foi pedido R$ 100 mil e depois R$ 50 mil – valor que não foi pago. Alguns minutos depois, enviou para o telefone de uma parente o vídeo com as ameaças. Com o aparente desaparecimento de Aline, a equipe do Tigre foi deslocada para a cidade.

Os policiais do Tigre localizaram Aline na noite de quarta-feira. Abordada, ela tentou contar uma história falsa e, ao cair em contradição diversas vezes, acabou confessando que criou todo o caso porque queria sensibilizar uma ex-namorada. Ainda pelo raciocínio de Aline, a ex-namorada, que teria recebido uma herança, poderia pagar o valor exigido pelo resgate dela. Após a confissão, Aline foi presa em flagrante pelo crime de extorsão mediante sequestro.

Equipes da Polícia Civil prenderam também outros dois participantes do falso sequestro. Um dos suspeitos teria feito a gravação do vídeo e o outro deu apoio ao falso sequestro. Os dois são primos e foram presos na mesma casa, na região central de Lobato. Com eles, os policiais apreenderam um revólver calibre 38, com seis munições intactas. O trio permanece preso na 9ª SDP (Subdivisão Policial) de Maringá.