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O culpado tem o dever e o direito à reparação

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“Para que haja uma reconciliação autêntica, o inocente não só tem o direito à reparação e à expiação, mas também tem a obrigação de exigi-las. Caso contrário, ele próprio será culpado. E o culpado não só tem a obrigação de arcar com as consequências do seu ato, mas também tem o direito de fazê-lo.” (Bert Hellinger, Zweierlei Glück, p. 30).

Existe uma ideia amplamente difundida e socialmente reconhecida como altamente valiosa: Renunciar à reparação diante de uma injustiça sofrida. Uma pessoa que “deixa pra lá” quando é ofendida, magoada ou lesada costuma ser vista como um ser especial e seu gesto como profundamente louvável e meritório; digno de aplausos.

Poderíamos falar longamente sobre as raízes morais e religiosas da imagem que enxerga grandeza na renúncia à autodefesa diante de uma agressão sofrida. Mas aonde nos levaria isso? Talvez a uma ampliação mental, mas com pouca força para a mudança de vida.

A pessoa que sofre uma injustiça e renuncia à reparação nega ao agressor o direito de arcar com as consequências de seu ato. Em geral, a pessoa abre mão da reparação porque prefere ficar na posição de superior e melhor do que a pessoa que a ofendeu. É como se dissesse: “Não me rebaixo ao seu nível!”.

Sistemicamente, o gesto de renunciar à reparação está longe de ser louvável e meritório. Antes, pode ser mostra de soberba, de arrogância, de prepotência e de uma suposta superioridade moral. Somente quando o ato for humilde ele será louvável e meritório.

A ofensa provoca uma ruptura entre as partes. A reconciliação – ou seja, “refazer a ligação” entre elas – requer ação dos dois lados. Da parte de quem sofreu a ofensa é preciso que seja exigida reparação. Da parte de quem cometeu a ofensa é preciso que arque com as consequências de seu ato.

Quando a pessoa que sofreu a injustiça nega a si mesma a reparação ela impede ao agressor a possibilidade de recuperar a dignidade perdida no momento de cometer o ato. Com isso, quem era “inocente” se torna “culpado”.

JOSÉ LUIZ AMES E ROSANA MARCELINO são consteladores familiares e terapeutas sistêmicos e conduzem a Amparar

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