Opinião

Editorial: Responsabilidades

Em nota, a pasta enfatizou que, para obter a máxima proteção oferecida pelos imunizantes, é preciso tomar as duas doses da vacina. “A recomendação da pasta é para que os brasileiros completem o ciclo vacinal mesmo se o prazo para a segunda dose estiver atrasado

 

 

Informações divulgadas ontem (26) pelo Ministério da Saúde da conta de que mais de 18 milhões de brasileiros que já deveriam ter tomado a segunda dose da vacina contra a covid-19 para completar o ciclo de imunização estabelecido pelas autoridades sanitárias ainda não o fizeram. Segundo o Ministério da Saúde, o resultado é preocupante – mesmo considerando que, na última semana, este número caiu 10%, baixando de 20 milhões de pessoas cuja segunda dose da vacina estava atrasada, para os atuais 18 milhões.

Em nota, a pasta enfatizou que, para obter a máxima proteção oferecida pelos imunizantes, é preciso tomar as duas doses da vacina. “A recomendação da pasta é para que os brasileiros completem o ciclo vacinal mesmo se o prazo para a segunda dose estiver atrasado. No caso das vacinas da Pfizer e da Astrazeneca, o intervalo é de oito semanas. Já para a CoronaVac, a segunda dose deve ser aplicada 4 semanas após a primeira”, acrescentou o ministério, na nota.

O Ministério da Saúde distribuiu mais de 320 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 para estados e municípios. Destas, 270 milhões foram aplicadas. A primeira dose foi aplicada em 153,8 milhões de brasileiros. Pouco mais de 116,1 milhões de pessoas receberam a segunda dose ou dose única e 6 milhões a dose adicional ou de reforço. Por meio da nota ministerial, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, enfatizou que “mesmo com um cenário mais tranquilo, com queda no número de casos, óbitos e internações, não dá para relaxar nessa hora”.

É preciso ter a clara consciência de que a responsabilidade do controle e combate da pandemia não é apenas das autoridades sanitárias, mas, sim, de todos. A afirmação do ministro é coerente, assim como a declaração do secretário de Saúde do Parana, Beto Preto: “Não podemos planejar ações futuras sem pensar no cuidado com os sequelados, principalmente aqueles que precisaram ser internados, além de toda a demanda reprimida dentro da Atenção Primária que, inevitavelmente, ficou em segundo plano durante a pandemia”. (Confira matéria ao lado)

Todos os cuidados precisam ser mantidos e redobrados e a vacinação, antes uma cobrança de todos, agora está disponível e depende apenas do respeito ao calendário e às orientações que todos os dias a imprensa e as redes sociais trazem à toda sociedade.