Economia

Guedes diz que 1ª versão sobre IR tinha “doses equivocadas”

Brasília, DF, 14ª Reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), no Ministério da Economia, bloco K

NA FOTO: Ministro da Economia, Paulo Guedes FOTO: EDU ANDRADE/Ascom/ME
Brasília, DF, 14ª Reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), no Ministério da Economia, bloco K NA FOTO: Ministro da Economia, Paulo Guedes FOTO: EDU ANDRADE/Ascom/ME

 

 

Brasília – O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu nessa quarta-feira (14) que a primeira proposta do governo para a reforma do Imposto de Renda tinha erros na calibragem das alíquotas. Segundo ele, a despeito do erro inicial de “dosemetria” das alíquotas, o importante é “reconhecer o erro, recuar e corrigir o mais rápido possível”.

O chefe da equipe econômica disse que o governo consegue reduzir com segurança o imposto cobrado das empresas em dez pontos porcentuais, de 15% para 5% na alíquota básica. Caso os cortes previstos dos subsídios funcionem, e com a economia voltando a crescer, Guedes sustentou que será possível promover um segundo corte, de 2,5 pontos porcentuais, levando a alíquota para 2,5%, conforme a nova versão da reforma tributária, apresentada terça-feira (13) pelo deputado Celso Sabino (PSDB-PA).

Pelo texto, para empresas com lucros de até R$ 20 mil por mês, o corte do Imposto de Renda será de 15% para 5% em 2022 e, depois, para 2,5%, em 2023. Para lucros acima de R$ 20 mil, o corte será de 25% para 15% no primeiro ano e para R$ 12,5% no ano seguinte.

Guedes disse que o rombo de R$ 30 bilhões aberto pela proposta não preocupa em razão da recuperação da atividade em direção a níveis de pré-pandemia, que já permitiu, segundo ele, o governo a arrecadar R$ 100 bilhões acima do previsto no primeiro semestre. “Se errarmos por R$ 30 bilhões, já está pago antes de começar a reforma”, disse o ministro em live do jornal Valor Econômico. “Preferimos o risco de redução líquida de impostos do que de aumento da arrecadação”, complementou.

 

Bolsa Família

Guedes disse que o Bolsa Família terá orçamento próximo de R$ 50 bilhões, como deseja o presidente Jair Bolsonaro, no ano que vem. Um aumento de R$ 20 bilhões do programa pode ser financiado, segundo Guedes, pela tributação dos dividendos prevista na reforma tributária.