Policial

Cresce consciência sobre uso do cinto de segurança

“Se não estivéssemos com o cinto de segurança, não tinha sobrado ninguém”, reconhece a empresária Rozilene Smanhotto, que há quatro anos voltava de Curitiba com o marido, uma filha e um sobrinho quando o carro em que estava foi fechado por outro veículo nas proximidades de Guarapuava. “Nosso carro caiu em uma ribanceira e foi capotando e só parou ao bater em uma árvore. A sorte foi que estavam todos com o cinto de segurança, então só sofremos alguns machucados, mas nada grave perto do que poderia ter acontecido”.

Assim como a família de Rozilene, a história de muitas outras pessoas teve um final feliz por causa do cinto de segurança. Obrigatório há 21 anos, o dispositivo tem salvado vidas todos os dias nas estradas de todo o País.

Prova de que os condutores respeitam cada vez mais a legislação de trânsito é a proporção de mortos e feridos com relação aos acidentes. Em Cascavel, por exemplo, as infrações desse tipo caíram 40% em 2018 na comparação com o ano anterior. Em 2017 foram flagrados 8.227 motoristas sem o cinto, e, ano passado, 4.910.

Na comparação histórica é possível notar a redução gradual das infrações: em 2018 foi o ano com menos multas por esse motivo nos últimos oito anos e essas representaram 6,75% do total de infrações de trânsito na cidade ano passado.

As informações constam no relatório da Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito) e a diminuição apresenta um cenário de condutores cada vez mais conscientes, de acordo com o presidente da companhia, Alsir Pelissaro: “Temos feito ações envolvendo todas as entidades de segurança e os dados vão baixando e refletindo essas ações. Hoje a gente sente que o próprio condutor já tem mais consciência de respeitar a legislação”.

 

Motoristas autuados por não usar o cinto de segurança em Cascavel
2011 – 6.980
2012 – 7.574
2013 – 7.595
2014 – 5.895
2015 – 5.798
2016 – 6.983
2017 – 8.227
2018 – 4.910

Educação e orientação

A atuação da Cettrans tem contribuído para a conscientização dos condutores e esse trabalho vai muito além das tradicionais semanas de trânsito e do movimento Maio Amarelo. De acordo com o diretor de Educação e Fiscalização da Cettrans, Ademir Sampaio, 2018 foi o ano em que a companhia mais trabalhou e o cenário do trânsito em Cascavel mostra que ainda há muito a ser feito: “Em 2019 teremos muito trabalho a ser realizado, principalmente frente às mudanças trazidas pelo PDI [Programa de Desenvolvimento Integrado], que vai exigir orientações mais intensas, como faremos em breve na Avenida Tancredo Neves, alertando sobre a proibição do uso da faixa da esquerda”.

Segundo Sampaio, quanto mais ações são realizadas, percebe-se um aumento no número de infrações, mas diminui o número de acidentes e feridos no trânsito. “Essas operações são primordiais e nós vamos continuar a fazê-las para reduzir cada vez mais os riscos para todos”.