Cascavel – A Câmara de Vereadores de Cascavel aprovou por unanimidade nessa terça-feira (27) o Projeto de Lei 50/2021, que “inclui os professores e funcionários dos estabelecimentos públicos e privados da educação básica e do ensino superior na 2ª fase do grupo prioritário do Plano de Operacionalização da vacinação contra a covid-19”. O projeto segue agora para sanção do prefeito Leonaldo Paranhos.
O PLO 50/2021 prioriza a vacinação para profissionais das redes públicas e privadas de educação básica, que inclui todos os profissionais na ativa dos estabelecimentos de educação infantil (creches e pré-escolas), ensino fundamental, ensino médio, ensino profissionalizante e educação de jovens e adultos, além dos que atuam nas instituições de ensino superior.
A Secretaria de Saúde deve descrever no Plano de Operacionalização da Vacinação a ordem de vacinação dos estabelecimentos, de acordo com critérios epidemiológicos de incidência em cada localidade.
Como o projeto antecipa um grupo prioritário, não haverá remessa própria para vacinação desse público. Para poder vacinar esses profissionais, a prefeitura vai retirar de 5% a 8% de cada lote de vacinas que chegar a partir de agora para esse fim. No total, serão necessárias 24 mil vacinas, considerando as duas doses.
De acordo com o prefeito Leonaldo Paranhos, a reserva das doses não afetaria o cronograma do PNI (Plano Nacional de Imunização), “somente adiantaria a imunização de uma parcela da população que seria vacinada posteriormente”.
Já o secretário de Saúde, Miroslau Bailak, reconhece o risco de entraves. “Poderá haver impedimento até legal pelo Ministério da Saúde, mas temos que dar o primeiro passo”.
A secretária de Educação, Marcia Baldini, enalteceu a rapidez do trâmite do projeto e disse que “é algo que tem um valor imensurável para Cascavel, para o retorno da educação com segurança”.
Segundo Miroslau, a previsão é de vacinar por dia em torno de 600 professores por dia. “Vamos buscar doses extras, que já aconteceu quando o prefeito conseguiu 6 mil doses extras. Com a lei, isso dá uma força fora do comum para que possamos vacinar os professores retirando essa parcela da comunidade, aliás, [eles] fazem parte da comunidade”, argumenta.
O Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde serão comunicados sobre a deliberação.
Paraná avalia retorno das aulas em maio
O governo do Paraná pode autorizar a retomada das aulas presenciais na rede estadual de ensino a partir de maio. A informação foi confirmada pelo governador Ratinho Junior, nessa terça-feira (27): “Claro que nós queremos voltar o quanto antes, mas precisamos voltar com segurança. A ideia é conversar com professores, diretores e chefes de núcleo para que, aqueles que entenderem que podem voltar dentro de uma segurança, é possível voltar”.
O plano inicial era de que as aulas no sistema híbrido retornassem quando os professores e os funcionários fossem vacinados, o que chegou a ser previsto para abril, mas, com o atraso de envio de vacinas por parte do Ministério da Saúde, o governo analisa a possibilidade do retorno antes da imunização da categoria.
Uma das alternativas analisadas pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte é que as aulas presenciais retornem em algumas localidades, onde há menos casos de covid-19 e onde pais, alunos e professores defendam a volta.
Embora a Secretaria de Educação informe que a vacinação está prevista para ter início após os idosos terem sido imunizados, a Secretaria Estadual de Saúde não confirma a informação. Pelo contrário, tem desconversado sobre o assunto apesar de várias insistências da reportagem desde a semana passada.