O vôlei de quadra e o de praia destoam das demais modalidades na Olimpíada. Disputados no Maracanãzinho e numa superarena montada nas areias de Copacabana, os esportes são os ?riquinhos da vez?. É que a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) investiu US$ 1 milhão (R$ 3,15 milhões) em entretenimento para os torcedores, metade em cada arena. Como essa verba não estava prevista e não seria custeada pelo Comitê Rio-2016, a entidade botou a mão no bolso. Na quadra, com a ?rodada corujão?, que tem jogo começando às 22h35m (se não houver atraso na programação), e na praia, com partidas à meia-noite, o espetáculo faz a diferença e deixa a torcida acordada e animada. Segredos Olímpicos: vôlei
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No Maracanãzinho, há show de luzes que acompanham as cores de cada seleção em todas as partidas. Quando o Brasil vai jogar, por exemplo, o verde, o amarelo e o azul colorem o teto do ginásio. Antes de as jogadoras entrarem em quadra, a iluminação do estádio se apaga e as bandeiras dos países são projetadas no chão, assim como a estampa do Rio-2016. Na última segunda-feira, na partida do Brasil contra a Argentina, a primeira do time em horário avançado, na apresentação das atletas, o telão mostrou a imagem de cada jogadora brasileira, em close e câmera lenta.
DJs e música ficam o tempo inteiro em ação para divertir quem assiste ao jogo. Há ainda animadores de torcida que interagem com o público nos intervalos mais longos. Eles fazem entrevistas e botam as pessoas para dançar. De acordo com Guido Betti, diretor de televisão e marketing da FIVB, o conceito empregado vai além do entretenimento. O objetivo é engajar as pessoas que não estão familiarizadas com o esporte.
FOTO COM PASSISTAS
Nas areias, o sol não permite que o show de luzes aconteça durante o dia. Mas, quando a noite cai, é atração à parte. A escuridão inicial pode assustar os desavisados que pensam logo em queda de energia. Dura poucos segundos até que os torcedores sejam surpreendidos com os canhões de luz em diferentes cores.
Uma peculiaridade na arena são as apresentações de baterias e passistas de escolas de samba nos intervalos. No fim de semana, o espanhol Luis Saez pediu para tirar foto no meio das mulatas, com o mar ao fundo.
? Está incrível. Vim para ver os jogos de vôlei e fui surpreendido com um verdadeiro espetáculo ? disse o economista, que vestia a camisa do Barcelona. (Carol Knoploch e Lauro Neto)