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UFC: 25 anos de história e busca pelo meio-termo

Los Angeles – O UFC completa 25 anos na próxima segunda-feira (12) vivendo um momento novo em sua história. Vendida por mais de R$ 13 bilhões ao grupo WME-IMG, a franquia, pela primeira vez, tenta entender os limites do show que apresenta ao seu público.

Se antigamente uma ou outra fala mais áspera era vista como ponto fora da curva, o estilo falastrão virou quase pré-requisito para se alcançar o topo da principal organização de MMA do mundo. Desde a chegada dos novos donos, porém, o estilo showbusiness virou regra.

Em julho, Brock Lesnar, não por acaso um astro do WWE e do MMA, subiu ao octógono e empurrou Daniel Cormier, hoje campeão de duas categorias. Era um desafio típico da luta encenada norte-americana.

Meses depois, desafios como esse acabaram em briga generalizada. Foi na vitória de Khabib Nurmagomedov sobre Conor McGregor. Uma das maiores rivalidades do MMA atual, já tinha gerado briga nos bastidores e virou batalha campal no octógono durante a comemoração dos russos.

A gestão da carreira de McGregor talvez seja o melhor exemplo do “show”. Com habilidade indiscutível, mas com uma boca ainda mais poderosa, o irlandês se fez “dono” do Ultimate. Falando muito, disparou em vendas de pay-per-view.

Uma de suas vítimas foi José Aldo, estrela brasileira do time dos calados – ou, se você preferir, dos que falam pouco, mas lutam muito. A atual postura do UFC faz com que até lutadores mais calmos passem a provocar seus rivais. É o que Amanda Nunes tem feito com Cris Cyborg. As duas se enfrentarão em dezembro pelo cinturão dos penas.