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Tragédia da Chapecoense: diretor de funerária diz que trabalhou com ?amor e afeto?

Os corpos de 71 vítimas da tragédia com o avião da Chapecoense, 64 deles brasileiros, já deixaram as seis funerárias de Medellín, na Colômbia, que prepararam as urnas para a viagem ao Brasil em voos militares e fretados. Em entrevista ao GLOBO, o diretor de uma das funerárias afirmou que, desde quinta-feira, quando os corpos deixaram o Instituto Médico Legal, os trabalhos foram realizados com forte emoção.

? Foi um trabalho com jovens de uma agremiação que faziam seus trabalho para ajudar suas famílias. O trabalho que fizemos aqui foi pensando nessas famílias para que elas recebem seus parentes no melhor estado possível. Fizemos o trabalho como se fossem parte da nossa família, com muito amor e afeto. Acredito que o trabalho foi bem feito e espero que sejam recebidos com amor no Brasil ? disse Carlos Casas, diretor de operação e logística da funerária La Esperanza.

A funerária La Esperanza recebeu doze corpos de vítimas do acidente. Casas falou sobre a força-tarefa que contou com o trabalho quase ininterrupto de 15 funcionários para que os corpos fossem liberados em menos tempo para a viagem no Brasil.

? A entrega dos corpos feita pela medicina legal e o trabalho foi repartido entre as funerárias. Fizemos os trabalhos um a um, com os funcionários trabalhando de 12 a 14 horas seguidas com descanso de meia hora ? disse Casas.

O voo da Chapecoense seguia de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, para Medellín, onde o time a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. No acidente, 71 pessoas morreram, entre eles 19 jogadores da Chapecoense e 21 jornalistas. A partida foi adiada, mas o time colombiano solicitou à Conmebol que o título seja dado para a equipe catarinense.