A alegria em Fiji com o primeiro ouro olímpico da história da ilha do Pacífico é tanta que o técnico da seleção de rúgbi de 7, o britânico Ben Ryan, um dos responsáveis pela façanha, tem sido alvo dos mais diversos prêmios no país.
Primeiro ele recebeu a comenda da Companhia da Ordem de Fiji, mais alta honraria do Estado, reconhecimento por sua competência no comando da equipe. Depois, ganhou do governo de Suva, a capital, três acres de terra, no Sul da ilha Viti Levu. Por fim, na noite de domingo, ganhou um nome de acordo com a cultura local: Ratu Peni Raiyani Latianara, numa cerimônia comandada pelo chefe da província.
Ben Ryan assumiu a seleção de rúgbi de Fiji há três anos, e desde então vive no país.
O rúgbi é esporte nacional em Fiji. E foi ele que deu ao país sua primeira medalha na história da competição. E logo a de ouro. Atuais bicampeões do circuito mundial masculino, os Bati, como são conhecidos os jogadores da seleção de Fiji, arrasaram a Grã-Bretanha na decisão olímpica, no Complexo de Deodoro: 43 a 7.
Fiji é um país da Oceania, comoposto por 332 ilhas e com população de quase 900 mil pessoas. Todo o território era colônia do Reino Unido, desde 1874. Em 1970 ficou independente. Segundo dados de 2005, 57% dos fijianos são cristãos, cerca de 34% praticam o hinduísmo e há também 7% de islâmicos. O país tem três idiomas oficiais: o fijiano, língua dos habitantes nativos; o inglês; e uma variante do hindi chamada de hindi fijiano ou hindustani fijiano, herança dos imigrantes indianos.