Dos 28 atletas da Rússia vetados da Olimpíada do Rio por federações
internacionais, na terça-feira, 24 competiriam na Lagoa Rodrigo de Freitas: 19 no remo e
cinco na canoagem. Nesta última, os banimentos afetam diretamente provas nas
quais o brasileiro Isaquias Queiroz tem boas chances de medalha.
LEIA MAIS: Federações internacionais barram atletas russos após decisão do COI
Entre os
canoístas vetados está Alexey Korovashkov, que competiria na C2 1000m com Ilya
Pervukhin, reeditando a dupla que levou bronze em Londres-2012. Isaquias e Erlon
Souza são os atuais campeões mundiais na categoria.
Outro atleta russo que fica fora por ser implicado no relatório McLaren é
Andrey Kraitor, atual bicampeão europeu na C1 200m. No caso desta prova, a
Rússia perde a vaga, que será realocada para o Irã devido ao desempenho no
Mundial de 2015.A Federação Internacional de Canoagem (ICF) deixou em aberto a
participação russa na C2 1000m, já que Korovashkov não estava na dupla que
conquistou a vaga olímpica no Mundial. Naquela ocasião, Pervukhin competiu com
Viktor Melantyev, que não está vetado pela ICF.
? Para mim não está claro se a Rússia vai perder a vaga na C2 1000m ou se vão
poder substituir o Korovashkov. De todo modo, o time deles fica mais fraco ?
avalia Jesus Morlán, treinador da equipe brasileira de canoagem.
? Melantyev forma uma boa dupla com Pervukhin, mas não se compara ao
Korovashkov, que também era um atleta forte na C1 200m. É como tentar substituir
um Isaquias. Perderam uma chance de medalha ? completou.
O maior golpe veio no remo, em que a Rússia perdeu 22 dos 28 atletas que
havia inscrito nos Jogos ? três já haviam sido vetados pela federação
internacional (Fisa) na segunda-feira. Com as baixas, a participação russa
diminuiu de cinco provas para uma, a Quatro Sem Pesado. Dos seis atletas
liberados, apenas um, Anton Zarutskiy, estava inscrito na categoria
originalmente.
Outras duas federações internacionais vetaram atletas russos ontem. No
pentatlo moderno, Ilia Frolov e Maksim Kustov foram tirados dos Jogos, o segundo
por ser citado no relatório da comissão independente da Agência Mundial Antidoping (Wada), que apontou participação do governo russo no encobrimento de casos de doping. Pelo mesmo motivo, o velejador Pavel
Sozykin também fica fora.