O jornalista Rafael Henzel, um dos seis sobreviventes da tragédia com o voo da Chapecoense em Medellín, declarou ao programa “Fantástico” da TV Globo que não houve alerta de emergência na aeronave da LaMia nos instantes que antecederam a queda. De acordo com Henzel, que estava na penúltima fileira do avião, no lado direito, o piloto Miguel Quiroga não revelou dificuldades do voo aos passageiros nem quando as luzes se apagaram e os motores foram desligados. Chapecoense – 11.12
– Na hora que aconteceu (luzes e motores desligados), causou certo temor, mas ninguém imaginaria que a gente bateria no morro. Ninguém disse para colocar cinto de segurança, nem que havia algum risco. Ficamos voando sem saber absolutamente nada do que ia acontecer – declarou.
Segundo Henzel, houve um momento em que a comissária de bordo Ximena Suárez e o técnico de voo Erwin Tumiri mostraram apreensão e afivelaram os cintos de segurança. Henzel disse que só percebeu a movimentação porque os membros da tripulação estavam próximos a ele, no fundo do avião. Embora tenha notado certa aflição de Tumiri e Ximena, o jornalista disse não se lembrar de qualquer correria ou gritaria na aeronave antes da queda.
– Era um silêncio estarrecedor. A gente não sabia o que estava acontecendo, até que veio o choque – disse Henzel, que lembrou ainda suas primeiras impressões após a queda. – Primeiro achei que era um filme, um sonho. Achei que eu iria despertar.
O jornalista, segundo informações do “Fantástico”, retornará ao Brasil na terça-feira, em um jato da Força Aérea Brasileira (FAB) que decolará de Medellín às 11h (horário de Brasília), levando também o lateral-esquerdo Alan Ruschel. A previsão é de chegada a Chapecó na noite de terça. Outro sobrevivente da tragédia que tem retorno confirmado ao Brasil é o goleiro Jackson Follmann, que será levado na segunda-feira a São Paulo, para o Hospital Israelita Albert Einstein.