O empate com o Palmeiras manteve o Flamengo na vice-liderança do Campeonato Brasileiro com um ponto a menos do que o rival e não foi considerado de todo ruim pelo técnico rubro-negro, Zé Ricardo. Para o treinador, o resultado não era o que o time queria, mas diante das circunstâncias, como a equipe ter jogado o segundo tempo inteiro com um jogador a menos, o resultado pode até ser comemorado.
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– Toda a expectativa que foi criada para o jogo foi correspondida. Infelizmente não terminou como a gente queria, porque o ideal era terminar a partida com os 11 em campo. Jogamos quase 50 minutos ou mais um pouco sem um atleta. A gente tem que comemorar sim o resultado. Uma partida de quem quer chegar longe na competição – disse o técnico, que concluiu que importante foi o Flamengo se manter próximo ao Palmeiras na tabela.
– São 13 jogos pela frente ainda. O importante é não sair do bolo, nas últimas oito, seis rodadas, a equipe que estiver ali vai estar brigando matematicamente pelo título. Se a gente deixasse ir para quatro pontos a diferença significaria mais do que uma rodada e eles têm saldo muito grande acima da gente.
Para Zé Ricardo, a estratégia do Flamengo acabou um pouco prejudicada com a expulsão de Márcio Araújo aos 39 minutos do primeiro tempo. O volante fez três faltas em um espaço de 24 minutos. Na última delas, quando acertou Gabriel na intermediária do ataque do Palmeiras, recebeu o vermelho, pois já tinha um cartão amarelo.
Embora o presidente do Flamengo tenha reclamado demais da expulsão e chegado a dizer que ?foi um roubo que o Brasil inteiro viu?, o treinador preferiu não questionar a decisão do árbitro André Luiz Castro.
– Não tenho nenhum tipo de comentário. O árbitro estava próximo ao lance, Márcio já tinha cartão, estava até no pensamento de tirá-lo no intervalo, mas infelizmente não deu tempo, a expulsão veio antes. Havia pressão em cima da arbitragem, em cima do árbitro, da própria torcida, do banco do Palmeiras pressionando para que houvesse cartão. A gente entendia que dava para segurar até o intervalo. Infelizmente a falta aconteceu. Se foi falta ou não para cartão, o juiz avaliou que era para cartão. Infelizmente perdemos jogador de contenção que estava fazendo também bom trabalho de distribuição de jogo. Essas coisas acontecem. Temos que estar preparados para jogar em inferioridade também – analisou.
Zé Ricardo ainda explicou a saída de Diego, que acabou sacrificado por conta da expulsão de Márcio Araújo para que o time ficasse mais protegido na defesa.
– Diego vinha de desgaste muito grande de cinco a seis partidas. A ideia era segurar um pouco ele contra o Vitória, mas ele estava com muita vontade de jogar. Mas com um a menos a gente precisava reforçar os dois lados e também fechar por dentro, mas mantendo as saídas em velocidade pelos lados. Com Diego poderia ter mais posse de bola, mas faltava muito tempo de jogo ainda. O Everton tem boa pegada, ele encostou no Arão e poderia distribuir bem o jogo. Acho que deu certo, a gente conseguiu proteger bem a defesa.