MEDELLÍN ? Minutos depois do acidente com o avião que transportava a delegação da Chapecoense, Santiago Campuzano e cinco amigos atenderam aos pedidos que se multiplicavam nas redes sociais, e partiram para a região de Cerro Gordo, sendo uns dos primeiros a chegar ao local da tragédia para ajudar nas operações de resgate.
? Apenas sabíamos que um avião com 81 pessoas havia caído. Imaginamos o pior ? confessou Campuzano ao diário colombiano ?El Timepo?. ? Quando chegamos, ajudamos a retirar de maca o primeiro dos encontrados. Era Alan Ruschel, que balbuciava ?onde estão meus amigos? Minha família??. Um dos paramédicos afirmou que ele tinha sofrido uma fratura no quadril e precisava ser levado ao hospital com urgência.
A poucos metros de Campuzanos estava Wilfer, com o corpo coberto de lama e lodo, com o olhar perdido no horizonte.
? Fui bombeiro por 16 anos, e pensava que tinha visto de tudo ? contou, com os olhos cheios de lágrimas. ? Mas essa é a pior tragédia que vi na vida.
Enviado à clínica San Juan de Dios, onde se encontra em condição estável, o lateral ? que coleciona passagens por clubes da Região Sul como Pelotas, Juventude, Internacional e Atlético Paranaense ? permanecia em estado de choque, perguntando insistentemente por sua família e pedindo aos médicos que guardassem sua aliança de casamento. Ruschel, que não atuara na Copa Sul-Americana publicou um vídeo gravado no avião minutos antes do acidente, no qual afirmava ?Estamos chegando na Colômbia?.
* O El Tiempo integra o Grupo de Diários America (GDA), do qual O GLOBO também faz parte