Nate Ebner joga na liga mais rica do planeta, cuja receita que ultrapassa bilhões de dólares. Recentemente renovou seu contrato com o New England Patriots com um salário anual de US$ 1,2 milhão (R$ 3,9 milhões). Mas ainda assim, o safety de uma das franquias mais famosas da NFL ainda se sente movido pelo espírito olímpico.
Ebner viajará para o Rio de Janeiro para disputar os Jogos pela equipe americana de rúgbi. Escolhido pela seleção do país para disputar o esporte que volta aos Jogos depois de 92 anos. A última vez que o rúgbi esteve na Olimpíada foi em Paris-1924.
– Estou empolgado, feliz, é um sonho que se torna realidadae. Trabalhei duro nos últimos quatro meses, especialmente nas últimas cinco semanas durante o período de treinamento. Literalmente, coloquei tudo de mim nisso na esperança de que isso iria acontecer. E quando você vê o seu nome na lista, a confirmação disso, sim, eu consegui! É a recompensa do trabalho duro – disse Ebner, em entrevista à revista americana “Sports Illustrated”.
O rúgbi não é exatamente estranho para Ebner. O pai do jogador, Jeff, foi jogador de rúgbi na universidade e em toda a sua vida. Foi uma inspiração para o safety, que começou a disputar o esporte aos seis anos de idade.
COm 17 anos, ele se tornou o mais jovem atleta a defender a seleção americana de rúgbi de sete, que é a versão que será disputada nos Jogos. Foi eleito o melhor jogador dos EUA no Mundial sub-19 de 2007 e no Mundial sub-20 de 2008.
Na universidade, Ebner começou a jogar futebol americano, até que foi draftado pelo Patriots em 2012. Na entrevista, ele não quis falar sobre como foi convencer o técnico Bill Belichik, que não costuma ser das figuras mais simpáticas, a disputar os Jogos, mas disse que todos na franquia entenderam que ele estava realizando um sonho. Durante a Olimpíada, o Patriots estará na preparação para a temporada da NFL, que começa em setembro.
– Para ser honesto, (foi uma conversa) muito pessoal. Não gostaria de falar muito sobre isso. Eu deixei claro o meu desejo, disso, porque é uma oportunidade única na vida. Eu realmente acredito que não apenas Bill, como todo o Patriots entendeu que eu era um jogador de rúgbi quando eles me draftaram em 2012 e entenderam que é uma oportunidade única na vida. Eu tenho sorte deles terem me dado uma chance. Sem isso, não estaria aqui. Fazer isso e depois voltar para uma liga de primeira como essa (a NFL), sinto-me abençoado – afirmou o jogador campeão da NFL no ano passado.
Para quem vê de fora, rúgbi e futebol americano parecem esportes muito parecidos. A não ser pelo uniforme usado pelos jogadores da NFL, que são quase armaduras. Como atleta de ponta dos dois esportes, Ebner disse que há diferenças entre ambos.
Questionado sobre o que é mais difícil de treinar, ele disse que depende do que cada um considera difícil.
– O futebol americano tem um monte de musculação e estudo. Os pequenos detalhes das coisas são muito importantes. É preciso ter muita paciência no futebol americano. No rúgbi, não há um monte de reuniões, mas há uma grande exigência física do seu corpo. Jogar em nível internacional é algo que eu nunca experimentei. Não sei como os atletas correram, as distâncias que corremos por semana e se eles batem como batemos. Se eles estão batendo, eles não estão correndo como corremos (na NFL). É tudo muito abrangente.