À precisão dos galopes e saltos, adicione a das palmas e gritos de incentivo. Aí está a receita para o Brasil subir novamente no pódio do hipismo. Hoje, a equipe brasileira disputa a final, a partir das 10h, em Deodoro. Nem mesmo a perda de um conjunto ? Stephan Barcha foi desclassificado por causa de um ferimento no seu cavalo ?, abala a confiança dos cavaleiros. Pode ficar mais difícil, pois não haverá a nota de descarte. Porém, o ?camisa 5?? na arquibancada está pronto para ser o substituto perfeito. Link Hispismo
Num esporte considerado de elite, no qual o público é praticamente formado por familiares dos competidores, praticantes e empresários do ramo, a torcida brasileira comum aprendeu rapidamente. Silêncio na hora dos saltos e explosão em vários níveis após cada acerto. Seja a voz infantil que grita ?pula, pula?? ou o bater de pés na arquibancada metálica. Qualquer que seja, reverbera nos cavaleiros.
? É incrível. Outros cavaleiros comentaram comigo, é algo que nunca aconteceu no nosso esporte. Está todo mundo achando muito legal. O importante é o silêncio durante a prova para nossa concentração. Depois, podem explodir o máximo possível ? disse Pedro Veniss, que zerou os dois percursos até agora.
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A pressão da torcida assusta alguns correspondentes estrangeiros. O tom, para eles, pode parecer um pouco acima do habitual nas arenas europeias. Aos brasileiros, o som está perfeito.
? Só está ajudando, cada grito é uma injeção de ânimo. Se a gente pode fazer 100%, vai fazer 150%. Sempre reclamam que o hipismo é um esporte de elite, que não tem público, e agora que o público está aí, não podem reclamar que faz barulho. Lá fora também tem isso, e aqui eles estão nos aplaudindo, e isso nos dá vantagem ? admitiu Eduardo Menezes, que havia cometido faltas no primeiro dia, mas ontem fez uma uma prova sem erros com Quintol.
PERCURSO MAIS DIFÍCIL
Nesta quarta-feira, um percurso ainda mais difícil os espera. Diante de fortes concorrentes como Alemanha, Estados Unidos, Holanda e Suíça, repetir o dia de ontem é o objetivo: fora Stephan Barcha, que está fora e havia cometido duas faltas, Pedro, Eduardo e Doda deixaram a arena zerados. Ao todo, são oito times.
? Não muda a estratégia, só não vamos ter um descarte. Mas a nossa mentalidade é de zerar. Com três zeros conseguimos a medalha. A prova vai ser mais difícil e, ao meu ver, uma ou duas equipes, no máximo, vão zerar ? confia Veniss.