Esportes

Mais um recorde olímpico quebrado

SILVIAPT_V2.jpgOutro recorde olímpico foi quebrado no Rio de Janeiro, sede da primeira edição sul-americana dos Jogos: a Policlínica registrou cerca de 900 consultas em um único dia, superando o pico de 650 atendimentos em um dia da edição de Lon- dres, em 2012.

Instalada dentro da Vila Olímpica, residência oficial dos competidores e delegações, a Policlínica conta com 160 salas e uma equipe de 180 profissio- nais que prestam atendimento gratuito de alta qualidade aos ilustres visitantes: ?É importante frisar que eles não estão aqui apenas porque o serviço é gratuito, mas porque somos bons no que fazemos. Se al- guém chegasse e relatasse um atendimento ruim, duvido que voltariam?, ressalta o Dr. João Grangeiro, diretor de Serviços Médicos do Comitê Rio 2016.

No espaço podem ser en- contrados profissionais e equipamentos de quase todas as vertentes da medicina, de ginecologia a serviços clínicos gerais, além de um centro de diagnóstico por imagem com aparelhos de raio-x digitais, tomografia e ressonância magnética a marca de 1.000 exames realizados.

SAÚDE NAS NUVENS

Uma das principais inovações para esta edição dos Jogos não está à vista de quem passa pela Policlínica. A GE, por meio de acordo inédito com o Comi- tê Olímpico Internacional (COI), implementou um software para a gestão de saúde de toda a estrutura médica. Com o Registro Médico Eletrônico, é possível controlar e analisar em tempo real todas as in- terações médicas dos atletas, como exames, medicação, consultas odontológicas e dados de alergias.

Esse sistema digital fornece informações confiáveis e ajuda a garantir que os médicos tenham acesso imediato ao histórico dos atletas.

– Tudo aqui está conectado, incluindo os aparelhos. É um sistema totalmente sem papel, o médico pode receber as informações dos atle- tas diretamente no computador, otimizando o atendimento médico. É uma transformação cultural do meio analógico para o digital – afirma Daurio Speranzini Jr., presidente e CEO da GE Healthcare para a América Latina.

Essa é a primeira vez na história dos Jogos Olímpicos que um software como esse está disponível para todos os competidores. Mais que um prontuário eletrônico, essa solução também possibilita unificar todas as informações de aten- dimento em uma mesma plataforma na nuvem, e ainda conta com uma versão totalmente em português para atender às leis de saúde brasileiras.

O EMR usado no Rio 2016 foi inicialmente desenvolvido para o Comitê Olímpico dos EUA (USOC), que obteu resultados positivos durante os Jogos de Londres 2012 e Sochi 2014. Segundo o Dr. Bill Moreau, diretor de Medicina Esportiva do USOC, há um exemplo em- blemático dos benefícios desse software para os atletas norte-americanos.

– Nos Jogos Paralímpicos de Sochi 2014, tivemos um atleta com lesão medular causada por uma queda de esqui na neve, que comprometeu sua capacidade de respiração. O atleta foi levado para Frankfurt, na Alemanha, para procedimento adicional, mas quando chegou era incapaz de falar e a equipe médica não conseguia saber se ele tinha algum tipo de alergia – lembra o médico. Neste momento, o EMR se mostrou fundamental.

– Ao acessar seu registro de saúde, foi possível verificar que ele tinha alergias que influenciariam em seu tratamento, além de saber a quantidade de anti- coagulantes que tinha ingerido. Apenas um ou dois anos antes éramos incapazes de ter acesso a essa informação e realizar o procedimento correto no menor tempo – complementa.

Outra novidade nos Jogos Rio 2016 é que a Policlínica está mais humanizada.

– Buscamos ambientar o espaço para dar apoio e força aos atletas! Escolhemos o Cadumen, um grande artista urbano brasileiro, que captou perfeitamente nosso objetivo de conectar a família Olímpica à alegria do povo brasileiro. Assim, deixamos uma mensagem alto astral para os que passam por aqui -explica Akiko Nishimoto, líder de Comunicação do Projeto Olímpico da GE.