A representatividade feminina já chegou aos Jogos Olímpicos em grandes potências. Os Estados Unidos virão ao Rio com a maior equipe de mulheres de toda a história das Olimpíadas, com 292 atletas, que, pela segunda vez, será maior que o time masculino, com 263 participantes. A China também segue a tendência e trará 256 mulheres e 160 homens. No time australiano, são 212 e 207, respectivamente.
Ter mais mulheres na delegação não é apenas uma revisão histórica. Tem dado resultado, e muito, aos Estados Unidos. Em Londres-2012, quando todas modalidades tiveram representantes femininas, com a inclusão do gênero no boxe, as americanas conquistaram 58 medalhas para o país, enquanto os homens subiram ao pódio 45 vezes. Destes, 29 foram de ouro, 12 a mais que os companheiros. Resultado que levou o país ao primeiro lugar no quadro geral, à frente da China.
Os impressionantes números não são obra do acaso. O governo americano teve de intervir para garantir a equidade de gênero. Uma lei dos anos 70, chamada Title IX, foi fundamental para que meninos e meninas tivessem oportunidades iguais nas escolas, onde a base esportiva forte é o principal celeiro de atletas de alto rendimento.
Escolas e universidades tiveram de se adequar e oferecer o mesmo número de vagas de bolsas de estudos de programas esportivos femininos e masculinos. Além de montar estruturas de treinamento iguais para todos. Atualmente, as estatísticas apontam que uma em cada três meninas praticam esportes no país, enquanto um em cada dois meninos fazem o mesmo. Há 40 anos, esse número era de um para 27.