A seleção do Iraque terá um desfalque significativo na partida contra a Austrália, válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, no próximo dia 23. O atacante Justin Meram, titular recorrente da seleção, recusou a convocação por medo de que uma viagem ao Irã, onde será disputada a partida, impeça seu retorno aos EUA.
Meram defende desde 2011 o Columbus Crew, clube que disputa a MLS, a divisão principal do campeonato de futebol nos EUA. Recentemente, o presidente americano Donald Trump estabeleceu o banimento da entrada nos EUA de cidadãos de sete países de maioria muçulmana, incluindo o Iraque.
Como a seleção iraquiana não pode realizar jogos em seu país devido a sanções da Fifa, a partida contra a Austrália será disputada no Irã, outro país que entrou na restrição de viagens decretada por Trump. Em comunicado divulgado neste fim de semana, a Federação de Futebol do Iraque disse que tentou convencer Meram de que sua entrada em Teerã, a capital iraniana, não traria empecilhos para um retorno aos EUA.
?A comissão técnica realizou um esforço considerável para que Meram mudasse de ideia sobre não viajar ao Irã devido às decisões recentes do governo americano com relação a esta república islâmica. (O diretor técnico Basil Gorgis) Tentou argumentar que a entrada em Teerã não afetaria sua presença nos EUA, mas não conseguiu convencê-lo?, diz a nota.
Meram publicou em suas redes sociais, no domingo, um comunicado em que não menciona diretamente o banimento de viagens decretado por Trump, mas cita ?razões fora do controle? para explicar a decisão de não jogar pela seleção.