Se o Fluminense foi a Minas Gerais sob pressão, por não vencer há cinco jogos, volta ao Rio com peso maior ainda. O jejum foi ampliado a seis partidas após a goleada de 4 a 2 sofrida para o Cruzeiro, no Mineirão, que resultou na demissão do técnico Levir Culpi.
TABELA: Jogos e classificação da Série A
Só não foi pior para o Fluminense porque dois dos três times que disputam a última vaga à Libertadores perderam na rodada. O Corinthians foi derrotado pelo São Paulo, e o Atlético-PR não passou pelo Vitória. O Grêmio enfrenta o Sport, nesta segunda-feira, às 20h, em casa. Assim, os cariocas permanecem em 9º lugar, a três pontos do clube paranaense, em sexto, próximo adversário, no dia 15, no Maracanã.
O empate não interessava a Cruzeiro nem Fluminense. Os donos da casa precisavam dos três pontos para evitar qualquer risco de rebaixamento nesta reta final do Brasileiro. Ao tricolor, a vitória se fazia necessária para não ver o sonho da Libertadores mais distante. Por isso, desde que a bola rolou no Mineirão, o jogo foi aberto, com espaços de ambos os lados. E erros também.
O tricolor aproveitou melhor as falhas da zaga do Cruzeiro nos minutos iniciais. A defesa de Rafael em chute de Cícero foi a primeira prova. Aos cinco, os mineiros perderam a bola no meio de campo, e Cícero tocou para Scarpa, que rolou até Richarlison. O atacante carregou a bola para a direita, driblou e chutou cruzado: 1 a 0.
Com o argentino Aquino no meio, no lugar de Douglas, o tricolor parecia ter o domínio do jogo. Richarlison tentava puxar os contra-ataques e teve outra chance pela esquerda. A bola passou perto do gol de Rafael.
Antes mesmo de o atacante deixar o campo, após uma pancada na coxa, aos 30, para entrada de Magno Alves, o Cruzeiro já havia equilibrado a partida. O Fluminense se viu acuado em seu próprio campo até os mineiros alcançarem o empate com Rafael Sóbis, aos 25. Depois de boa troca de passes perto da área, ele chutou forte, sem defesa para o goleiro Júlio César.
A igualdade no placar desestabilizou o tricolor, que contou com duas defesas de Júlio César, em chutes de longe, antes de levar a virada, no fim do primeiro tempo. Aos 44, Alisson deslocou Wellington Silva, que escorregou, e cruzou na cabeça de William: 2 a 1.
Não deu tempo de saber se o técnico Levir Culpi havia conseguido mexer com os brios do time no vestiário. Com menos de um minuto do segundo tempo, ele assistiu, do banco de reservas, a Arrascaeta roubar a bola de Edson, que foi puxado pela camisa no início da jogada, carregá-la até a entrada da área e fuzilar o gol de Júlio César.
Praticamente nocauteado, o Fluminense não teve poder de reação, aos cinco, quando Arrascaeta enfiou para Alisson. O zagueiro Henrique não chegou, e o atacante marcou o quarto, fácil.
Levir Culpi quis evitar um vexame maior. Tirou Wellington e Aquino para as entradas de Marcos Júnior e Danilinho, respectivamente. Não adiantou muito. O restante do time, principalmente Scarpa, não encontrou seu jogo em Belo Horizonte. Uma ou outra jogada de ataque, mas sem perigo claro.
A goleada estava confirmada ? Júlio César impediu pelo menos mais um gol ?, mas ainda deu tempo de diminuir a diferença, aos 47, no gol contra de Ábila, após toque de cabeça de Magno Alves. Não atrapalhou a torcida, que comemorou com o tradicional ?Olé?.
CRUZEIRO 4 X 2 FLUMINENSE
Cruzeiro: Rafael; Lucas Romero, Léo, Bruno Rodrigo e Bryan; Henrique, Ariel Cabral e Arrascaeta (Alex); Rafael Sóbis, Alisson (Bruno Nazário) e Willian (Ábila).
Fluminense: Júlio César, Wellington Silva, Gum, Henrique e William Matheus; Edson, Cícero, Scarpa e Aquino (Danilinho); Richarlison (Magno Alves) e Wellignton (Marcos Júnior).
Gols: 1T: Richarlison aos 9m, Rafael Sóbis aos 25m, William aos 44m; 2T: Arrascaeta ao 1m, Alisson aos 5m.
Juiz: Elmo Resende (GO)
Público pagante: 7.735 (10.068 pagantes).
Renda: R$181.573,00
Local: Mineirão.