O Flamengo pode lucrar dentro e fora das quatro linhas com o uso do Maracanã na Libertadores. As vendas de mando de campo para outros estados, que pautaram o orçamento do ano passado, estão nos planos, mas serão reduzidas este ano. A renda de R$ 3,7 milhões contra o San Lorenzo ? da qual o clube ficará com apenas R$ 750 mil, pois gastou R$ 1,7 milhões em reparos, além dos gastos de R$ 424.993 com o jogo ? mostra que priorizar o resultado técnico, e limitar as viagens, nem sempre gera prejuízo financeiro. Flamengo 09.03
Embora a bilheteria do jogo, comparada a de outras praças, seja um pouco menor, a adesão ao programa de sócios e o incremento de outras receitas do marketing fazem a conta fechar no positivo em relação ao orçamento aprovado. Antes do início da temporada, foi cotada uma arrecadação de R$ 61 milhões em bilheteria em 2017, e R$ 38 milhões oriundos do sócio-torcedor. A adesão, que hoje beira os 90 mil, deve chegar a 100 mil, meta do clube. Com o Maracanã e ainda o estádio da Ilha, os números podem fazer a meta até ser superada, como explica o vice de planejamento, Pedro Almeida.
? Se olhar a linha só de bilheteria, deve ter um impacto negativo. Mas, com a Ilha e alguns jogos no Maracanã, devemos fazer menos receita de bilheteria, porém é uma decisão estratégia.
A estratégia é ganhar título. Quem analisa o outro lado da questão, a da arrecadação, cita que maior adesão de sócios compensa parcialmente a menor bilheteria no Rio. Mas o foco não é esse. Mesmo que sócios-torcedores tenham migrado para planos mais caros e o número total venha crescendo, a prioridade foi evitar o desgaste do time.
? Foram feitos vários cenários. O aspecto técnico foi prioridade. O fato de a gente ter o programa de sócio e ele sofrer um incremento no Rio é bom ? disse Daniel Orlean, vice de marketing.
O Flamengo sai de cena no Maracanã e passa a bola para o consórcio que administra o estádio manter a qualidade do gramado. A empresa Greenleaf diz que o campo vai estar em condição ideal em 10 dias. A dúvida é se os custos serão repassados pelo consórcio para os operadores que vierem a realizar as próximas partidas, como a Federação do Rio, que quer os clássicos do Estadual no Maracanã. O Flamengo deseja voltar ao estádio na Libertadores.