Para a comissão técnica da seleção brasileira olímpica, o novo problema no cotovelo direito representa o fim da linha para Fernando Prass. O goleiro tem uma suspeita de fratura e, embora ainda vá passar por um exame de imagem nesta noite, sua presença nos Jogos Olímpicos é descartada.
O Palmeiras, clube do goleiro, já foi informado do problema. Há o risco de a lesão impor a Prass um novo e longo período de ausência. Em 2014, ele fez uma cirurgia no cotovelo e ficou quase cinco meses parado.
A saída de Prass deixa a comissão técnica em situação delicada para substituí-lo. A dificuldade é encontrar um goleiro com experiência e sequência de jogos. A CBF estuda até fazer um pedido especial à Fifa para substituir Prass por um goleiro experiente e que não esteja na pré-lista de 35 nomes. A entidade vai alegar que Prass era um dos três convocados com mais de 23 anos – tem 38 – e que Alisson, o único da relação prévia que também está acima da idade olímpica, não deve ser liberado pelo Roma, da Itália. Com esse argumento a confederação pediria permissão para chamar um goleiro experiente.
O problema não é só a idade. É a falta de sequência de jogos das opções. Na lista de 35, os cinco goleiros eram Prass e Uílson, que hoje estão com o time olímpico, além de Alisson e de Jean, do Bahia, e Jordi, do Vasco. Os dois últimos seriam, assim, os únicos disponíveis. No entanto, ambos são reservas em seus clubes.
Em Londres-2012, ocorreu situação parecida. O goleiro Rafael Cabral, então no Santos, sofreu uma lesão, também no cotovelo, dias antes da estreia. A seleção ficou com Gabriel e Neto. Ambos raramente jogavam em seus clubes.
A seleção masculina de futebol do Brasil estreia na Olimpíada na próxima quinta-feira, dia 4, contra a África do Sul.