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COI: antecedentes de 400 mil pessoas são checados para evitar terrorismo na Olimpíada

AIw28n2x.jpgEm resposta à reportagem do jornal ?Libération? sobre um possível atentado que estaria sendo preparado contra a delegação da França no Rio, o Comitê Olímpico Internacional (COI) informou nesta quarta-feira que restão sendo checados os antecedentes e históricos de 400 mil pessoas que atuarão na Olimpíada. A checagem, segundo o COI, é feita por serviços de segurança, tendo como alvos voluntários, jornalistas e até dirigentes. A reportagem do jornal francês revelou que um brasileiro do Estado Islâmico (EI) planejava o ataque, conforme apuração feita pelo serviço secreto da França.

O trabalho de prevenção ao terror está sendo feito, de acordo com o COI, com a participação dos serviços de inteligência de países que já sofreram ataques terroristas: Bélgica, França e EUA. Segundo informou o Comitê ao jornal “O Estado de S.Paulo”, 250 policiais de 55 países vão “apoiar as forças armadas locais e os serviços de policia”, além dos 85 mil homens brasileiros.

A prática do Estado Islâmico de recrutar pessoas que já estão nos locais onde os atentados estão planejados explica a necessidade de checagem dos antecedentes. Um dos temores é de que algum terrorista possa se infiltrar na força de trabalho voluntário da Olimpíada.

Na última terça-feira, uma verba extra de R$ 78 milhões foi anunciada pelo governo federal, elevando o orçamento para a segurança nos Jogos para R$ 650 milhões. Ao todo, 88 mil pessoas participarão de operações, entre militares, forças de segurança pública, defesa civil e ordenamento urbano.

A Força Nacional de Segurança Pública assumiu no dia 5 a responsabilidade pelo policiamento das instalações olímpicas. A ideia é de que o plano de segurança esteja em plena operação até o dia 24.

GOVERNO BRASILEIRO DESCONHECE AMEAÇA

O governo brasileiro não foi oficialmente informado de qualquer ameaça aos franceses na Olimpíada. Tanto o ministro-chefe de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, quanto o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABI), Wilson Trezza, disseram não ter recebido qualquer informação de autoridades francesas sobre o caso.

Nas últimas duas semanas, dois atentados terroristas voltaram a aumentar a tensão para os Jogos Olímpicos. Em 28 de junho, mais de 30 pessoas morreram após duas explosões no aeroporto de Istanbul, na Turquia, e cerca de 147 ficaram feridas. Quatro dias depois, em 2 de julho, terroristas ligados ao EI invadiram um restaurante em Daca, em Bangladesh. Vinte reféns morreram.