Rio de Janeiro – A Conmebol (Confederação Sul-Americana e Futebol) declarou ontem a Chapecoense campeã da Copa Sul-Americana de 2016. O time catarinense disputaria a final do torneio continental com o Atlético Nacional da Colômbia, mas o acidente aéreo da última terça impediu a realização do confronto.
Em decorrência do título, a Chape está garantida na fase de grupos da Libertadores de 2017 e vai receber um prêmio de 2 milhões de dólares (aproximadamente R$ 7 milhões). Também está classificada para a disputa da próxima Recopa Sul-Americana, na qual enfrentará justamente o Atlético Nacional.
Em informe oficial, a Conmebol informou que o pedido feito pelo Atlético Nacional foi decisivo. Ainda na terça-feira passada, poucas horas após o acidente, o clube colombiano sugeriu formalmente tal desfecho por meio de carta dirigida à Conmebol.
Além de estarmos muito preocupados com o lado humano, pensamos no aspecto competitivo e queremos publicar este comunicado onde o Atlético Nacional convida a Conmebol para que entregue o título da Copa Sul-Americana à Chapecoense como uma homenagem à sua grande perda e homenagem póstuma às vítimas fatais do acidente que deixa nosso esporte de luto. Da nossa parte, para sempre, Chapecoense campeã da Copa Sul-Americana de 2016, dizia a petição.
O prêmio Centenário Conmebol de Fair Play, que vale um milhão de dólares (aproximadamente R$ 3,5 milhões), será entregue ao Atlético Nacional.
Números
A final da Sul-Americana seria a primeira decisão internacional da história da Chapecoense, que não perdeu o título mesmo com o desastre aéreo e agora irá disputar a Libertadores pela primeira vez em 2017. A Chape era líder de alguns fundamentos importantes da competição, segundo dados do Footstats. A equipe comandada por Caio Júnior, apesar de conhecida pela sua força física e pela velocidade, foi a que mais dribles aplicou corretamente no campeonato: 31. O Verdão do Oeste foi também quem mais tentou cruzamentos: 170. Além disso, liderou os lançamentos certos: 125.