Nem mesmo os termômetros lá nas alturas, batendo os 30°C, foram capazes de parar os atletas guerreiros que participaram da primeira edição do Bruttus Race, no autódromo Zilmar Beux, em Cascavel. Cerca de 700 pessoas se inscreveram na competição e tiveram de ser resistentes e fortes aos obstáculos que encontraram pela frente.
Segundo o organizador do evento, Ricardo Prigol, os obstáculos foram construídos em padrão internacional, como já é feito em outras corridas realizadas pelo Brasil. “O que existe lá fora tinha aqui. Para a edição do ano que vem o Bruttus Race será ainda maior e com novidades, com novos obstáculos”, relata. O evento foi democrático, com provas mistas, para amadores, femininas e masculinas.
Neste ano, o circuito de oito quilômetros era composto de vários obstáculos, como escalada, rastejo, corda, além da corrida. O Exército Brasileiro foi parceiro do evento.
O vendedor Rogério Simões, que é ex-militar e bacharel em Educação Física, chegou à linha de chegada muito cansado, porém, satisfeito por ter concluído o circuito. “A prova é muito boa e em um nível que muita gente consegue participar. É algo desafiador”, comenta. Para Simões, a medalha em volta do pescoço tem um gostinho a mais de vitória. “Em setembro operei o fêmur e de lá para cá vim tentando me recuperar para participar da prova. Consegui e me sinto vitorioso por isso”, celebra.
Competição entre amigos
Durante a corrida de obstáculos era possível observar que, embora muitos tivessem fôlego para terminar o percurso, quem ficava para trás tinha sempre um reforço: os amigos. A competição permitia que grupos fossem formados e ao longo da prova, em caso de dificuldade para concluir algum obstáculo, os integrantes poderiam ajudar.
Foi assim que os estudantes Maik Vinicius e Alex Galvani conseguiram terminar a prova, após pouco mais de uma hora. “Foi a primeira vez que participamos de algo assim e gostamos muito. A parte de subir nas cordas foi difícil, até tentamos juntos, mas não conseguimos. Porém, o importante foi que a gente conseguiu cruzar a linha de chegada e finalizar o percurso”, conta Galvani.
Os dois lembram que o treino preparatório, que também foi em grupo, no Lago Municipal, contribuiu para o resultado. “A gente se encontrava sempre no Lago e corria. Aproveitamos também para treinar a respiração, que é bem importante nestes casos”, lembra Vinicius.
Além do desafio individual, Galvani reforça que “provas como esta nos motivam a querer melhorar nosso desempenho cada vez mais, e é uma maneira de cuidar da saúde, de mostrar que a gente é capaz de fazer coisas que nem imaginávamos”, afirma.
Todos os participantes receberam medalha de honra e os primeiros colocados prêmios em dinheiro e brindes.
Kids
O Bruttus Race também tinha espaço para crianças. Foram feitos pequenos obstáculos com percursos de até 800 metros, conforme a faixa etária. Nesta categoria, participaram crianças e adolescentes entre cinco e 13 anos.